Resiestrela promove recolha de bens para apoiar Moçambique

Os bens devem ser entregues até ao próximo dia 11, nos pontos de recolha, nomeadamente nos ecocentros e na sede da empresa, no Fundão, distrito de Castelo Branco.

A Resiestrela, empresa multimunicipal de resíduos sólidos urbanos da Cova da Beira, está a promover uma campanha de recolha de bens para apoiar a população moçambicana atingida pelo ciclone Idai.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Resiestrela explica que “aderiu à campanha de recolha de bens de primeira necessidade para as crianças moçambicanas, promovida pela organização não-governamental (ONG) HELPO”.

“Fazer chegar os donativos a Moçambique não é uma tarefa fácil, pelo que contamos com o apoio da ‘ONG HELPO’ para encaminhar os donativos para Moçambique, pois já está no terreno com toda a logística montada”, refere a empresa.

O apelo refere que os bens devem ser entregues até ao dia 11, nos pontos de recolha, nomeadamente nos ecocentros e na sede da empresa, no Fundão, distrito de Castelo Branco.

“Roupa para criança e bebé, fraldas de pano, mantas polares, farinhas, sabão, bem como enlatados e alimentos não perecíveis são alguns dos bens que podem ser entregues nos pontos de recolha da Resiestrela”, acrescenta a informação.

A Resiestrela, S.A. é responsável pela concessão do sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos provenientes de 14 municípios, designadamente Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Manteigas, Meda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso.

O sistema serve atualmente uma população de cerca de 194.000 habitantes e uma área de 6.160 quilómetros quadrados.

O número de mortos provocados pelo ciclone Idai e as cheias que se seguiram subiu para 598, anunciaram as autoridades moçambicanas.

O último balanço, apresentado pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), acrescenta mais 80 vítimas mortais desde segunda-feira, altura em que foi dada como concluída (desde quinta-feira) a fase de salvamento e resgate.

O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué a 14 de março.

Segundo o INGC, mantém-se o número de 1.641 feridos.

O número de pessoas afetadas pelo ciclone Idai em Moçambique subiu, relativamente ao último balanço, de 843.723 para 967.014, o que corresponde hoje a 195.287 famílias.

Quanto ao número de famílias que está a receber ajuda humanitária subiu de 29.291 famílias para 32.290.

Nos 136 centros de abrigo em funcionamento estão acomodadas 131.136 pessoas e o número daqueles que são considerados vulneráveis é de 7.422.

O grupo de pessoas afetadas inclui todas aquelas que perderam as casas, precisam de alimentos ou de algum tipo de assistência.

As autoridades atualizaram também o número de casas totalmente destruídas que ascende agora a 62.153 (59.910 no último balanço), 34.139 parcialmente destruídas (33.925 segundo os anteriores dados) e 15.784 inundadas, sendo que a maioria são habitações de construção precária.

Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, o ciclone Idai provocou ainda danos em 3.344 salas de aulas e 150.854 alunos ficaram prejudicados.

Os meios alocados para ajuda e salvamento são 945 especialistas humanitários, 22 helicópteros, 42 barcos, 25 aviões, três fragatas, 15 camiões, 30 telefones satélites e 17 drones.


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