PSD questiona Governo sobre prestação de cuidados de Saúde na Guarda e em Seia

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral da Guarda anunciaram hoje que questionaram o Governo sobre a prestação de cuidados de saúde no hospital da Guarda e no Centro de Saúde de Seia.

Carlos Peixoto e Ângela Guerra enviaram um requerimento à ministra da Saúde, através da Assembleia da República, sobre a “degradação das condições de prestação de cuidados de saúde” na Unidade Local de Saúde da Guarda (ULSG).

Os deputados perguntam “que medidas tomou ou está a tomar o Ministério da Saúde para possibilitar o reforço da contratação de pessoal para a ULSG, especialmente no que se refere a médicos, enfermeiros e assistentes operacionais, designadamente nas suas unidades da Guarda e de Seia”.

O PSD também quer saber “que medidas pretende o Governo tomar para dotar o Serviço de Urgência do Hospital Sousa Martins (HSM) de recursos humanos e materiais suficientes para uma adequada prestação de cuidados de saúde aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que ali recorrem”.

Em relação ao Centro de Saúde de Seia, questionam sobre as medidas que serão tomadas para dotar aquela unidade de saúde “de recursos humanos e materiais suficientes para uma adequada prestação de cuidados de saúde aos utentes”.

Carlos Peixoto e Ângela Guerra também perguntam: “Qual é o número de vagas que o Governo pretende atribuir à ULSG no próximo procedimento concursal para contratação de médicos especialistas?”.

Os dois deputados dirigiram a pergunta ao Ministério da Saúde após terem conhecimento que, no dia 26 de dezembro de 2018, a médica Adelaide Campos, a exercer as funções de Diretora do Serviço de Urgência do HSM, na Guarda, colocou o seu lugar à disposição “em virtude de, até àquela data, não ter sido acionado o Plano de Contingência da Gripe naquela unidade hospitalar do SNS, por falta de autorização para a contratação de pessoal”.

Acrescentam que a situação foi ultrapassada com a contratação de alguns profissionais, mas, no dia 16 de janeiro, Adelaide Campos “viu-se novamente obrigada a dar conta ao Conselho de Administração da ULSG que considerava não ter condições para continuar a dirigir o Serviço de Urgência do HSM devido aos graves constrangimentos que a falta de recursos humanos nesse hospital causa no atendimento e prestação de cuidados de saúde aos utentes do SNS que recorrem ao referido serviço de urgência”.

O PSD destaca ainda “o insuficiente número de médicos, a recorrente escassez de material, bem como a existência de doentes nos corredores do Hospital Sousa Martins”.

“O que se acaba de referir é ainda agravado pela falta de médicos na unidade de Seia da ULSG, a qual obriga os utentes a deslocar-se a esse serviço de saúde [Centro de Saúde] ainda de madrugada, a fim de poderem ser atendidos”, lê-se no documento.

Segundo os dois deputados, para toda esta “grave carência de recursos humanos” na ULSG “não deixa também de contribuir o irrisório número de vagas atribuídas a essa unidade de saúde nos concursos para médicos recém-especialistas – apenas seis no mais recente procedimento concursal”.


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