A estrutura social-democrata presidida por Carlos Peixoto refere, em comunicado, que “é hora de se exigirem respostas da administração do hospital e do Governo sobre este projeto” do denominado Pavilhão 5 (onde funcionaram as urgências até à abertura do novo bloco, em 2014).
Segundo o PSD, a anterior administração da Unidade Local de Saúde (ULS), que gere o Hospital Sousa Martins, em conjunto com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, “concebeu um plano de investimentos que previa a conceção do ‘departamento da saúde da mulher e da criança’, a que foram afetos 4,5 milhões de euros”.
“Tratava-se da requalificação das antigas urgências do hospital (o tal Pavilhão 5), onde era suposto passar a funcionar o bloco de partos, as urgências de obstetrícia e pediatria e a ginecologia, especialidades em que o nosso hospital se notabilizou e que podiam continuar a constituir uma referência comparativa no contexto regional”, acrescenta.
O PSD refere na nota que a anterior administração, “apostada em fazer essa obra”, mandou fazer o projeto e “apresentou-o para financiamento do Portugal 2020, já lá vão dois anos e meio, tudo com a supervisão e acompanhamento da ARS do Centro, o braço armado da administração central na área da Saúde”.
Lembra que, “com argumentos artificiais e rigorosos ou não, o certo é que foram associados a este investimento obstáculos decorrentes de alegadas falhas de um parecer e de sustentabilidade do projeto económico-financeiro então apresentado”.
Para o partido, “competia, obviamente, à atual administração da ULS procurar superar essas dificuldades, recandidatando depois a obra com os critérios corrigidos e com o programa funcional que entendesse adequados”.
“Mais do que isso, estava obrigada a tentar convencer o Governo da sua necessidade, utilidade e bondade”, defende.
A estrutura distrital social-democrata da Guarda refere ainda que, “o tempo passa e ninguém sabe no distrito o que é feito deste projeto”.
“A inação é confrangedora e a falta de ambição arrasadora. O Governo do PS está na fase final do seu mandato e não se lembrou que a Guarda existia em matéria de saúde, especialmente da materno infantil”, considera o PSD.
Para o partido, é hora de o Ministério da Saúde dizer, “sem subterfúgios e sem ‘meias tintas’, se quer ou não melhorar as instalações físicas e otimizar os recursos humanos desta valência do Hospital Sousa Martins”.
As instalações que existem “são antiquadas, estão maltratadas e já não servem as utentes com a qualidade desejável”, conclui.