O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, atribuiu ontem pelouros aos dois vereadores eleitos na lista independente que o acompanham no executivo e anunciou que assume as áreas do Planeamento, Obras e Urbanismo e Proteção Civil.
O autarca disse aos jornalistas, no final da primeira reunião do executivo, que o despacho de atribuição de pelouros confere a vice-presidência à vereadora Amélia Fernandes.
Sérgio Costa, eleito pelo movimento independente “Pela Guarda”, adiantou que fica responsável pelas áreas do Planeamento, Obras e Urbanismo, Divisão de Ambiente e Equipamentos e Infraestruturas, Florestas, Agricultura e Proteção Civil.
A vice-presidente Amélia Fernandes assume os pelouros da Divisão Administrava e Recursos Humanos, Educação e Coesão Social, Cultura e Juventude.
A terceira vereadora eleita nas listas do “Pela Guarda”, Diana Monteiro, fica responsável pelas áreas de Economia e Finanças, Empreendedorismo, Espaço Empresa, Serviços Veterinários, Fundos Comunitários e Saúde, Turismo e Desporto.
Do executivo fazem ainda parte os vereadores Carlos Chaves Monteiro (ex-presidente da autarquia), Lucília Monteiro e Vítor Amaral (eleitos pelo PSD) e Luís Couto (PS), que não têm pelouros atribuídos.
Na primeira reunião do executivo foi decidido manter as duas reuniões quinzenais, com início pelas 15:00, sendo a primeira realizada na segunda segunda-feira de cada mês e a segunda (aberta ao público), na quarta segunda-feira do mês.
Aos jornalistas, Sérgio Costa deu conta da intervenção proferida na abertura da sessão, onde disse que o contributo das forças políticas representadas “é importante para que o desenvolvimento do concelho seja estruturado e duradouro”.
“Temos quatro anos para cumprir o mandato que nos foi confiado pelos guardenses. Temos quatro anos para pensar e discutir a Guarda”, disse.
O autarca também apontou que “foi com total perplexidade” que encontrou o município “completamente abandonado administrativamente”, sem direção de departamento e de recursos humanos, pela saída dos seus responsáveis, o que “poderia criar enormes dificuldades e constrangimentos na necessária e fundamental passagem de testemunho democrático após eleições”.
Segundo Sérgio Costa, um dos pontos em discussão na reunião relacionado com a delegação de competências no presidente da Câmara, foi retirado e, após a sessão ter sido suspensa, foi decidido retomar os trabalhos na quinta-feira, pelas 10:00, unicamente para análise do assunto.
No final da reunião, o vereador do PSD Carlos Chaves Monteiro disse que a mesma foi realizada de forma ilegal, alegando que, segundo a lei, devia ter acontecido nos cinco dias subsequentes à tomada de posse do executivo.
O social-democrata também alertou que os vereadores da oposição não tiveram acesso aos documentos “atempadamente”, por terem sido entregues “no dia de hoje”, o que impossibilitou a análise das propostas.
Para o PSD, o novo autarca revela “evidente falta de transparência” e “desconhecimento e cumprimento da lei”.
O vereador do PS, Luís Couto, disse que a reunião “foi de tentativa de acertos daquilo que tem de se passar durante este mandato”.
Na sua opinião, tem de haver, por parte de todos, “uma grande vontade democrática para entendimentos que levem algo de positivo ao concelho” da Guarda.