Portugueses e espanhóis debatem problemas comuns em aldeia do concelho de Almeida

O encontro está marcado para dia 30 na aldeia de São Pedro do Rio Seco, terra natal do ensaísta Eduardo Lourenço (1923 – 2020), no concelho de Almeida, distrito da Guarda.

Fuentes de Oñoro e o Fórum Cívico Ibérico vão organizar, no dia 30, o 2.º Encontro Transfronteiriço de Desenvolvimento, para discutir problemas das zonas raianas e estimular a cooperação.

O encontro está marcado para a aldeia de São Pedro do Rio Seco, terra natal do ensaísta Eduardo Lourenço (1923 – 2020), no concelho de Almeida, distrito da Guarda.

Segundo a organização, o evento que vai juntar participantes dos dois países, decorrerá a partir das 15:00 do dia 30, um sábado, no pavilhão da Freguesia de São Pedro do Rio Seco.

Olga Afonso, membro fundador da Frente Cívica de Vilar Formoso – Fuentes de Oñoro, disse hoje à agência Lusa que no 2.º Encontro Transfronteiriço de Desenvolvimento será lançado o livro “Ibéria, Terra de Fraternidade”, que resulta da compilação de artigos de opinião de autores nacionais e espanhóis publicados no jornal digital ibérico “El Trapezio”.

A iniciativa contará com a participação de Pablo Castro Abad (presidente da Plataforma Civil Ibérica), de Pablo González Velasco (coordenador geral do “El Trapezio”), de Alexandra Isidro (coordenadora do Centro de Estudos Ibéricos – CEI, com sede na Guarda) e de Maria Isabel Martin Jiménez (professora na Universidade de Salamanca e membro do CEI).

Um dos objetivos do encontro é juntar pessoas a título particular e representantes de associações e instituições dos dois lados da fronteira, para “discutir problemas” e “estabelecer projetos de cooperação”.

“Neste momento, com o nível de despovoamento que temos na nossa zona, que é bastante grande, e um pouco por toda a raia, nós precisamos de nos unir para que possamos combater os problemas que são transversais e que são ao nível da saúde, da educação e de infraestruturas. Só se nos unirmos é que iremos conseguir obter melhores serviços e com qualidade”, disse a responsável.

Na opinião de Olga Afonso, “tem de haver essa união e a criação de projetos em conjunto, porque se cada um faz um bocadinho, o impacto é muito menor do que se todos estiverem unirmos e fizerem algo maior”.

“Os encontros [transfronteiriços] têm sempre esse grande objetivo. Que [deles] saiam laços, que se conheçam as pessoas, que possam depois colaborar entre elas e gerarem-se projetos conjuntos para que todos juntos possamos combater esse grande problema que nós temos, que é o despovoamento e todos os problemas que são inerentes a ele, porque onde não há pessoas não há escolas, não há centros de saúde, não há infraestruturas”, explicou à Lusa esta responsável da Frente Cívica de Vilar Formoso – Fuentes de Oñoro.

O 1.º Encontro Transfronteiriço de Desenvolvimento decorreu em outubro de 2021 na localidade espanhola de Espeja, situada a cerca de 12 quilómetros da fronteira de Vilar Formoso.


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