O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) está a desenvolver um projeto para estudar a mobilidade urbana dos idosos em cidades com desníveis topográficos acentuados.
Naturalmente, em Castelo Branco, cidade plana, não o pode fazer. Por isso escolheu as vizinhas Covilhã e Guarda para os primeiros trabalhos.
Em comunicado, o IPCB explica que o projeto vai ser desenvolvido através da sua recém-criada Unidade de Investigação Interdisciplinar-Comunidades Envelhecidas Funcionais (Age.Comm).
O projeto ‘Move-Aged’ foi aprovado pelo Centro Internacional sobre o Envelhecimento (CENIE), ligado à Fundação da Universidade de Salamanca, à Universidade do Algarve e à Direção Geral de Saúde.
“É liderado por Juan José Izquierdo, da Universidade de Navarra (Espanha), e a equipa do IPCB, liderada pela professora Maria João Guardado Moreira, é constituída por docentes das Escolas Superiores de Educação, Saúde e Agrária, e está já prevista a colaboração de alunos do Mestrado em Gerontologia Social. Integra igualmente dois investigadores do Instituto Politécnico da Guarda”, lê-se no comunicado.
A equipa do IPCB vai efetuar o levantamento dos meios urbanos portugueses com maiores desníveis topográficos e identificar os bairros com população mais envelhecida nessas cidades.
Para o efeito, será feito o levantamento dos tipos de elevadores públicos urbanos, a sua catalogação e o impacto que têm para a mobilidade e participação social das populações mais envelhecidas que os utilizam.
Estão já previstos dois trabalhos de campo, a desenvolver nas cidades da Covilhã e Guarda, que pelas suas características topográficas foram previamente identificadas para serem incluídas no projeto.
“Na cidade da Covilhã vai ser realizado o perfil dos idosos que utilizam os vários elevadores da cidade e o impacto na sua qualidade de vida. Na cidade da Guarda vai ser selecionado um bairro com as mesmas características topográficas, para avaliar as limitações à mobilidade das pessoas idosas causadas por estes desníveis e as implicações na utilização do espaço urbano ou dos serviços”, referem.
Os trabalhos iniciaram-se em julho e devem estar concluídos em finais de 2019, tendo o IPCB um financiamento de 50 mil euros para o projeto.