PCP questiona Governo sobre Centro Educativo do Mondego, na Guarda

Os deputados perguntam “em que Centros Educativos vão ser colocados os jovens que se encontram no Centro Educativo da Guarda e qual será o critério para a sua recolocação?”.

O PCP questionou o Governo, através da Assembleia da República, sobre a intenção de encerrar o Centro Educativo do Mondego (CEM), na Guarda, e de o transformar em estabelecimento prisional para idosos, foi hoje anunciado.
Numa pergunta dirigida à ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, os deputados comunistas António Filipe e Miguel Tiago referem que “foi tornado público que o Ministério da Justiça tenciona transformar” o Centro Educativo existente em Cavadoude, Guarda, “em estabelecimento prisional para albergar a população reclusa com idade mais avançada”.
Os deputados perguntam “em que Centros Educativos vão ser colocados os jovens que se encontram no Centro Educativo da Guarda e qual será o critério para a sua recolocação?”.
“Quantos profissionais trabalham presentemente nesse Centro Educativo” e “qual o destino que se propõe para esses trabalhadores” são outras das questões colocadas.
O PCP pergunta ainda à ministra “que soluções serão adotadas para a conversão” do CEM em estabelecimento prisional, “designadamente quanto à respetiva gestão, quanto à origem do pessoal a afetar e quanto aos critérios para a colocação de reclusos”.
Sobre este assunto, também já se manifestaram o presidente da Câmara Municipal da Guarda e a concelhia do CDS-PP.
O presidente da autarquia, Álvaro Amaro, anunciou esta semana que, “na sequência das preocupantes notícias que têm sido veiculadas pela imprensa local e nacional sobre o encerramento” do CEM, questionou a ministra da Justiça a quem pediu esclarecimentos “adequados” para evitar “especulações”.
“O CEM tem como destino efetivo o seu encerramento, pura e simplesmente, ou mantém a sua atividade como tem acontecido ao longo destes anos?”, questiona o autarca na missiva enviada à ministra Francisca Van Dunem.
E, “se porventura houver alterações, os colaboradores mantêm os seus postos de trabalho?”, acrescenta.
O autarca quer também saber quais as respostas sociais que vão ser mantidas no estabelecimento da Guarda e quais as que vão deixar de ser prestadas.
“Porquê o encerramento do CEM, se for o caso, ao invés, não se opta pela transferência de beneficiários de outros Centros situados no litoral, como é o caso do Estabelecimento de Vila do Conde, para o Centro Educativo do Mondego?”, refere no documento.
A concelhia do CDS-PP/Guarda emitiu esta semana um segundo comunicado sobre o CEM, no qual denuncia que “o Centro Educativo de Vila do Conde irá abrir em 2017, por decisão do Governo do PS, em contrapartida pelo encerramento do CEM Centro, na Guarda”.
“Vila do Conde vai ganhar cerca de 70 postos de trabalho e a Guarda vai perder cerca 70 postos de trabalho. Os 70 postos de trabalho que o nosso concelho vai perder equivalem a uma empresa de média dimensão”, aponta.
O partido deseja que o executivo municipal “tome uma posição clara sobre este assunto” e que o presidente “exija a instalação da ‘Cadeia para Idosos’ em simultâneo com a manutenção do Centro Educativo do Mondego”.


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