Óbito/Sampaio: Centro de Estudos Ibéricos presta “sentida homenagem e reconhecimento”

Numa mensagem partilhada na rede social Facebook, o CEI “lamenta o falecimento do antigo Presidente da República Jorge Sampaio e presta-lhe sentida homenagem e reconhecimento”.

O Centro de Estudos Ibéricos (CEI), com sede na Guarda, lamentou a morte de Jorge Sampaio e presta “sentida homenagem e reconhecimento” ao antigo Presidente da República que esteve no lançamento da primeira pedra do projeto.

Numa mensagem partilhada na rede social Facebook, o CEI “lamenta o falecimento do antigo Presidente da República Jorge Sampaio e presta-lhe sentida homenagem e reconhecimento”.

“Foi durante a Sessão Comemorativa do Oitavo Centenário da Guarda, a que [Jorge Sampaio] presidiu, em 27 de novembro de 1999, que [o ensaísta e filósofo] Eduardo Lourenço lançou o desafio para a criação do Centro de Estudos Ibéricos”, lê-se.

O CEI acrescenta que “a ideia, que Jorge Sampaio desde logo incentivou, tornou-se realidade e, dois anos mais tarde, em novembro de 2002, o antigo Presidente da República lançava a primeira pedra” do projeto.

“Jorge Sampaio havia de regressar à Guarda e ao CEI em 2010, por ocasião das comemorações do X Aniversário do Centro, onde partilhou com Eduardo Lourenço a alegria pela concretização do projeto”, termina.

O CEI, que atribui anualmente o Prémio Eduardo Lourenço – para “premiar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas” – surgiu em resultado de uma parceria que envolveu inicialmente a Câmara Municipal da Guarda e as universidades de Coimbra e de Salamanca (Espanha) e, mais tarde, o Instituto Politécnico da Guarda.

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.


Conteúdo Recomendado