Mutualista Covilhanense participa em investigação pioneira da UBI

Fora de Portugal existem já várias investigações sobre “dual-task” com resultados positivos realizadas no âmbito de patologias como a demência de Alzheimer e a doença de Parkinson.

A Mutualista Covilhanense abriu as suas portas, esta quinta-feira, àquela que é a primeira investigação portuguesa sobre os efeitos de um programa “dual-task” em idosos com demência leve, uma prática ainda incomum no nosso país que consiste em aliar o exercício físico a alguma estimulação cognitiva.
O objetivo deste estudo, da autoria de Ana Resende, aluna de doutoramento em Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior (UBI), é o de perceber se é possível, através de programas “dual-task”, melhorar as capacidades físicas e cognitivas dos idosos, contribuindo consequentemente para uma melhoria ao nível da qualidade de vida, anuncia o comunicado enviado à redação do Diário Digital Castelo Branco.
O estudo inclui, para além da Mutualista Covilhanense, mais duas instituições da cidade. No caso concreto da associação mutualista, a investigação envolve um grupo de 13 utentes da Estrutura Residencial e Centro de Dia e aproveitará o facto de a instituição lecionar já sessões de Exercício Físico aos seus utentes, todas as semanas, às segundas e quintas-feiras. Ana Resende acompanhará os idosos selecionados nessas aulas ao longo de seis meses, num total de 48 sessões, durante a realização de exercícios de resistência aeróbica e muscular. A primeira sessão acompanhada decorreu esta manhã.
«O facto de ser um estudo pioneiro em Portugal e que pode no futuro contribuir para a implementação de novas técnicas na nossa Instituição e noutras, capazes de melhorar a qualidade de vida dos utentes, foi fundamental para aceitarmos colaborar neste estudo», conta o presidente da Direção da Mutualista, Nelson Silva. Segundo explica, «este é um estudo que não acarreta quaisquer riscos para a Saúde dos nossos utentes, bem pelo contrário, pelo que a nossa resposta a este desafio lançado pela investigadora só poderia ser afirmativa».
A investigação previu três momentos de avaliação: no início do programa, no fim das 48 sessões e três meses depois do final do programa. «Ao fim dessas sessões, daqui a meio ano, saberemos se foram desencadeadas melhorias ao nível das aptidões funcionais e das capacidades cognitivas dos participantes, como se pretende», adianta Ana Resende. A investigadora explica que «será importante analisar também depois o que lhes acontece durante os três meses posteriores às sessões, que corresponde a um período em que não farão exercício físico».
Fora de Portugal existem já várias investigações sobre “dual-task” com resultados positivos realizadas no âmbito de patologias como a demência de Alzheimer e a doença de Parkinson.


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