Município de Figueira de Castelo Rodrigo apela a ajuda do Governo após mau tempo

O autarca ainda não tem noção do valor global dos prejuízos, porque o levantamento foi hoje iniciado, e também espera pelo contributo dos presidentes das Juntas de Freguesia.

O município de Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, iniciou hoje, dia 9 de janeiro, a avaliação dos prejuízos causados pelo mau tempo e o presidente da Câmara admitiu que vai precisar da ajuda do Governo para reparar os danos.


Segundo Carlos Condesso, a grande precipitação ocorrida no domingo no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo provocou derrocadas e inundações de estradas e de algumas habitações em praticamente todas as freguesias.


“E, agora, é fazer contas aos estragos e depois vermos naquilo que o Governo nos poderá ajudar, nomeadamente na parte das habitações e também na parte agrícola, porque o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo ficou praticamente submerso”, referiu.


Atendendo à situação, o responsável considerou que “todos os apoios e as linhas de apoio que o Governo abrir são bem-vindas para ajudar estas populações que sofreram com estas inundações e para fazer face aos prejuízos que ocorreram no dia de ontem [domingo]”.


Carlos Condesso disse à agência Lusa que, devido ao mau tempo, dois idosos foram realojados no Lar de Idosos da Freguesia de Mata de Lobos e ocorreram outras situações no concelho em que os munícipes atingidos foram acolhidos em casas de familiares.


O gabinete de Ação Social do município de Figueira de Castelo Rodrigo iniciou hoje o levantamento dos prejuízos junto das famílias que foram afetadas, principalmente nas freguesias de Mata de Lobos e de Algodres e nas localidades de Reigada, Vilar Torpim e Bizarril.


A freguesia de Mata de Lobos foi a mais afetada e “houve uma altura em que a água atingia os 70 centímetros de altura”, descreveu.


O autarca ainda não tem noção do valor global dos prejuízos, porque o levantamento foi hoje iniciado, e também espera pelo contributo dos presidentes das Juntas de Freguesia, mas garantiu que os danos na agricultura são “enormes” e também ao nível das habitações que foram inundadas.


Em relação às vias rodoviárias concelhias, adiantou que “neste momento” estão todas transitáveis, embora algumas apresentem constrangimentos, como acontece na estrada que liga Vilar Torpim a Bizarril.


Também na Estrada Nacional 332, à saída de Figueira de Castelo Rodrigo para Vila Nova de Foz Coa, ocorreu o aluimento de parte de uma ponte e a situação está devidamente sinalizada no local.


O presidente do município de Figueira de Castelo Rodrigo contactou hoje a delegação da Guarda da Infraestruturas de Portugal a dar conta de que em alguns locais das Estradas Nacionais 221 e 332 é necessário proceder “com rapidez” à limpeza das vias devido à existência de terras e de detritos que foram arrastados pela força da água.


As estradas municipais estão a ser limpas pelos funcionários da autarquia, mas estão todas transitáveis, embora algumas com constrangimentos.


Ao nível agrícola, as hortas e os campos ficaram inundadas e registam-se “graves prejuízos”, rematou.


O autarca agradeceu aos serviços de proteção civil, à proteção civil municipal, aos funcionários da autarquia, aos Bombeiros Voluntários Figueirenses, à GNR e à população “pela prontidão na resposta” às ocorrências registadas no domingo no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo.


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