Município da Guarda vai ter um Centro de Arte e Natureza

O projeto integrará a Estrutura de Investigação Arte e Ciência (ARS), com cinco unidades de investigação instaladas ao longo da faixa oriental da Serra da Estrela, nos concelhos do Fundão, Belmonte, Guarda, Celorico da Beira e Trancoso.

O município da Guarda vai criar um Centro de Arte e Natureza (CAN) para “compreender as múltiplas relações entre o indivíduo e a natureza” e que abrangerá, inicialmente, o território das Beiras e Serra da Estrela.

O projeto do CAN foi aprovado por unanimidade pelo executivo municipal, no âmbito de uma parceria com a Associação Luzlinar e a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, no contexto do projeto ARS (Estrutura de Investigação Arte e Ciência).

“No quadro da visão estratégica de desenvolvimento que a Guarda 2027 preconiza, designadamente o surgimento de projetos de longo prazo, este centro nasce da necessidade de compreender as múltiplas relações entre o indivíduo e a natureza, integrando diferentes áreas do conhecimento, de valorizar as ligações da cultura-património com a criatividade, no seu entrosamento com as práticas contemporâneas e para promover as diferentes responsabilidades culturais, sociais e humanas face às novas questões colocadas pela complexidade do mundo contemporâneo, especialmente a emergência ecológica”, refere a autarquia em comunicado.

Segundo a fonte, o CAN, estará “focado no binómio relacional entre arte e ecologia” e terá como domínios de ação a investigação, a cultura e a aprendizagem, “desenvolvendo e acolhendo pós-graduações, mestrados, doutoramentos, bem como projetos transdisciplinares de pesquisa e seminários de investigação, apresentações públicas, exposições, performances, projeções cinematográficas, residências de investigação artística, simpósios, seminários e conferências”.

“Trata-se de uma plataforma de promoção e aprendizagem da arte e ciência para a cultura contemporânea, como polo de investigação agregador de sinergias científicas, polarizador de novas linhas de trabalho cruzando com os conhecimentos empíricos e métodos de investigação de proximidade no terreno”, explica.

Segundo a fonte, o CAN, que terá sede na cidade da Guarda, num espaço a anunciar em breve, tem como âmbito territorial inicial o território das Beiras e Serra da Estrela.

O projeto integrará a Estrutura de Investigação Arte e Ciência (ARS), com cinco unidades de investigação instaladas ao longo da faixa oriental da Serra da Estrela, nos concelhos do Fundão, Belmonte, Guarda, Celorico da Beira e Trancoso.

Os promotores têm “intenção de promover a sua extensão à raia espanhola, em especial às comunidades autónomas de Castilla y León e Extremadura, e às cidades que vão integrar a candidatura ‘Guarda 2027’ a Capital Europeia da Cultura”.

“A rede de investigação do CAN visa incorporar, de forma cooperativa e gradual, diversas instituições de ensino superior, associações congéneres e ONG nacionais e internacionais”, acrescenta.

Inicialmente, a rede integra um conjunto de entidades parceiras como a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, o Centro de Estudos e de Investigação em Belas-Artes, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas, a Universidade da Beira Interior, o Instituto Politécnico da Guarda, a Universidade de Salamanca, entre outras instituições nacionais e estrangeiras.


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