“Ninguém gosta de fechar escolas; ninguém se preocupa mais com os alunos e com as escolas do concelho do que o Município da Guarda, poderão haver outros que se preocupam de igual forma, mas mais, não”, responde Sérgio Costa, presidente da Câmara da Guarda, aos pais, professores e alunos que ontem se manifestaram à porta da autarquia, descontentes com a decisão.
O edil reafirmou através de um comunicado que “está a dar seguimento às decisões dos Órgãos Municipais em aplicação do previsto na Carta Educativa Municipal, recentemente aprovada em Conselho Municipal da Educação, em Reunião de Câmara do executivo Municipal e validada na última Assembleia Municipal, no passado dia 28 de junho, com cerca de 80 por cento dos votos”.
O autarca clarificou ainda que a direção do agrupamento esteve “em todas as reuniões sobre o assunto, inclusivamente na do Conselho Municipal de Educação, a 6 de junho, onde a Carta Educativa foi aprovada por larga maioria e onde consta essa mesma decisão”.
Segundo a nota informativa da autarquia, a C+S de S. Miguel perdeu entre 2018 e 2023 cerca de ¾ dos seus estudantes e neste último ano letivo teve uma taxa de ocupação de 20 por cento, ou seja de 136 alunos. A taxa de ocupação das outras escolas da cidade “mais alta” ronda os 60 por cento, este foi um dos fatores para além da inclusão e da melhoria do projeto educativo que levou a equipa técnica que elaborou a Carta Educativa Municipal a propor a reorganização do Parque Escolar.
“O município da Guarda tem que dar cumprimento ao que foi decidido pelos seus órgãos e não pode agir à margem, por isso foi solicitado o fecho do estabelecimento de ensino e os alunos vão ser distribuídos pelas restantes escolas da cidade, preferencialmente dentro do mesmo agrupamento e procurando, sempre que possível a continuidade das turmas dentro do mesmo ciclo de estudos”, afirmou, Sérgio Costa.