Ministério Público arquiva inquérito aos estudantes indianos no IPG

O IPG foi a terceira instituição de ensino superior do país que mais cresceu em número de vagas para o ano letivo 2022-2023.

O inquérito que o Ministério Público abriu à vinda de estudantes indianos para o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) foi arquivado por não se terem verificado indícios dos crimes de falsificação de documentos e auxílio à emigração ilegal segundo uma nota informativa.


“Concluo pela insuficiência de indícios quanto à verificação dos crimes em investigação”, escreveu o procurador responsável pelo inquérito no seu despacho de arquivamento.


O magistrado escreveu ainda que, “os elementos documentais juntos e analisados e os depoimentos das testemunhas resultam como razoáveis e fundados os argumentos que estiveram na base da celebração do protocolo estabelecido entre o Instituto Politécnico da Guarda e Perfect Overseas Education Consultancy”.

Segundo o presidente do Politécnico da Guarda, Joaquim Brigas: “com os termos deste arquivamento, a justiça portuguesa reconhece explicitamente, com todas as letras, que o procedimento do Politécnico da Guarda foi inatacável, visando apenas trazer alunos estrangeiros para frequentar os seus cursos e, também, para animar social e economicamente as cidades de Seia e da Guarda”.


“É lamentável que denúncias anónimas e infundadas feitas a partir do próprio IPG tenham impedido 70 alunos indianos, que já tinham pago as propinas de um ano inteiro, frequentassem os cursos na Guarda e em Seia”, acrescenta Joaquim Brigas.


“O IPG teve de devolver cerca de 100 mil euros que já tinha recebido: mas o pior foi terem ficado por preencher vagas em Seia, em cursos de turismo, e na Guarda, em algumas engenharias que têm poucos candidatos nacionais”.


Apesar da impossibilidade de trazer estes alunos indianos para o presente ano letivo, o presidente do Politécnico da Guarda assegurou que a instituição continuará a fazer o seu trabalho de prospeção no mercado internacional para preencher a nova oferta formativa que tem criado nos últimos anos.


De referir que o IPG foi a terceira instituição de ensino superior do país que mais cresceu em número de vagas para o ano letivo 2022-2023. Com 96 novas vagas, IPG cresceu 11%: foi o politécnico português que registou maior aumento, só ultrapassado pela Universidade da Beira Interior, que cresceu 13%, e pelo ISCTE, com 16%.



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