Mais de um terço da água distribuída não é faturada

Água não faturada inclui perdas reais através de fissuras, roturas e extravasamentos, furto ou uso ilícito.

Mais de um terço da água distribuída em Portugal não é faturada, correspondendo a uma perda anual de 160 milhões de euros, revela a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). “Em média, 35 por cento da água captada, tratada e distribuída pelos sistemas de abastecimento não é faturada, o que corresponde a uma situação claramente insatisfatória”, concluiu a ERSAR após ter realizado uma auditoria aos serviços de abastecimento de água.

Numa nota enviada à agência Lusa, a entidade reguladora adianta que a água não faturada inclui perdas reais através de fissuras, roturas e extravasamentos de água e perdas aparentes devido a imprecisões nas medições, furto ou uso ilícito de água. De acordo com a ERSAR, há ainda perdas correspondentes a consumos autorizados mas não faturados, que corresponde a água para lavagem de ruas, rega de espaços verdes municipais, alimentação de fonte e fontanários, lavagem de condutas e coletores de esgotos e combate a incêndios. A entidade reguladora concluiu que “cerca de 23 por cento corresponde a perdas reais e os restantes 12 por cento a perdas aparentes e a consumos autorizados mas não faturados”. Os casos mais gravosos em termos de água não faturada podem atingir cerca de 70 por cento e surgem nas áreas rurais, com especial relevância para a região Norte, enquanto os casos de melhor desempenho podem atingir menos de 10 por cento e localizam-se nas áreas urbanas da região Centro e Lisboa.


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