Guarda tratada "sem preconceitos" ao ser escolhida para sede de empresa de águas

A Comissão Política Distrital da Guarda do PSD considerou que, com a escolha da cidade para sede social da nova empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo, o Governo “tratou a Guarda e a região sem preconceitos”.

Em comunicado, a estrutura política presidida por Carlos Peixoto felicita ainda o Governo PSD/CDS-PP e o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, “pela coragem e determinação que demonstraram” na reforma do setor da água.

“A distrital do PSD da Guarda, saudando esse facto, felicita também o Governo por ter decidido sediar a empresa de Águas e Saneamento de Lisboa e Vale do Tejo na cidade da Guarda, dando um passo relevante e efetivo para atenuar os desequilíbrios territoriais do país e adotando mais uma medida positiva para os territórios de baixa densidade”, acrescenta.

O PSD sublinha que o Governo deu “um contributo claro para a valorização do território” e, acima de tudo, “para a consolidação da evidência de que o interior do país também é Portugal”.

Na nota, a distrital social-democrata refere que a reforma do setor da água “não agradará a todos”, mas sublinha que o processo de reestruturação é há muito “reclamado e considerado decisivo, permite assegurar maior equidade territorial e coesão social, diminuindo a disparidade tarifária resultante das especificidades dos diferentes sistemas e regiões do país”.

A reforma, segundo o PSD/Guarda, também permitirá “aumentar a eficiência dos sistemas de águas e águas residuais urbanas, com redução dos custos associados, e garantir a sustentabilidade económico-financeira das entidades gestoras, com rigor e transparência na fixação das tarifas”.

“Feito o balanço, o resultado é que a água vai ser mais barata no interior do país”, sintetiza.

O Governo concluiu na quinta-feira a reforma do setor das águas, que passa, segundo o executivo, por “um fortíssimo emagrecimento” do grupo Águas de Portugal, agregando 19 empresas regionais em cinco entidades e reduzindo custos em 2.700 milhões de euros.

Em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, afirmou que a criação de sistemas multimunicipais de abastecimento de água e saneamento do Norte, Centro Litoral e Lisboa e Vale do Tejo irá promover uma “harmonização tarifária” entre o interior e o litoral.

O governante referiu ainda que esta “importância da coesão territorial” se traduz na própria localização das sedes sociais das novas empresas, ficando a Águas do Norte S.A. em Vila Real, a Águas do Centro Litoral S.A. em Coimbra e a Águas de Lisboa e Vale do Tejo na Guarda.

Vários municípios contestaram já as alterações e anunciaram que vão intervir judicialmente contra a reestruturação.


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