Guarda protesta pelo número diminuto de vagas na Unidade Local de Saúde

O voto de protesto foi apresentado pelo deputado municipal do CDS-PP Henrique Monteiro.

A Assembleia Municipal da Guarda aprovou hoje, por unanimidade, um voto de protesto pela abertura de um número reduzido de vagas para a carreira médica hospitalar na Unidade Local de Saúde (ULS).

O voto de protesto foi apresentado pelo deputado municipal do CDS-PP Henrique Monteiro.

A Assembleia Municipal da Guarda, presidida por Cidália Valbom (PSD), aprovou por unanimidade “apresentar ao Governo e ao Ministério da Saúde um voto de protesto pelo número diminuto de vagas abertas para a carreira médica hospitalar na ULS da Guarda, no mais recente procedimento concursal”.

No documento, é também apresentado “um protesto pela insensibilidade que essa decisão demonstra perante as carências vividas” naquela unidade de saúde, “acentuando ainda mais a discriminação das pessoas” que vivem no concelho e distrito da Guarda, no que respeita ao acesso aos cuidados de saúde.

Segundo o documento apresentado pelo CDS-PP, no caso da ULS da Guarda, “são do conhecimento público as dificuldades ao nível, entre outras, de especialidades como Cardiologia, Ortopedia, Radiologia, Gastrenterologia, Otorrinolaringologia, Urologia e Oftalmologia, algumas das quais em quase situação de paralisação, por falta de recursos humanos médicos”.

“Surpreendentemente, no recente procedimento concursal para médicos recém-especialistas, à ULS da Guarda foram atribuídas apenas seis das 57 vagas abertas para a região Centro, o que contraria a propalada aposta deste Governo no combate à interioridade e ao despovoamento do interior”, é referido.

Para o partido, “este número é manifestamente insuficiente para garantir a qualidade e acesso da população aos cuidados de saúde, face à situação de absoluta necessidade existente nas especialidades de Cardiologia, Ortopedia, Anestesiologia, Anatomia Patológica, Gastrenterologia, Medicina Interna, Neurologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pneumologia, Psiquiatria e Radiologia”.

Segundo o CDS-PP, “este contexto de carência extrema na ULS da Guarda é conhecido de todos e deveria fazer com que o Ministério da Saúde tivesse maior atenção para quem tem maiores dificuldades, o que efetivamente não acontece”.

Sobre o assunto, pronunciou-se apenas o deputado municipal do PS Matias Coelho.

“Protestar para conseguir mais, quem é que não deve protestar? Nesse sentido, concordo com o voto de protesto e vou votar a favor”, declarou.

A Assembleia Municipal da Guarda aprovou ainda, por unanimidade, dois votos de pesar, um do PSD e outro do PS, pelo falecimento, em 22 de dezembro de 2018, do professor e dirigente desportivo Segura Fernandes.

Foi ainda aprovada, também por unanimidade, uma moção do BE, apresentada por Marco Loureiro, pelo combate à violência do género e doméstica, a exigir que o Governo e a Assembleia da República “tomem o combate à violência de género como prioridade política efetiva”.

O documento também defende que o município da Guarda elabore um Plano Municipal contra a Violência de Género e coloque em funcionamento um Gabinete Municipal para a Igualdade de Género e combate à Violência Doméstica.


Conteúdo Recomendado