Este projeto visa a conceção de uma estrutura de representação e avaliação de qualidade das novas modalidades de imagem com base nas tecnologias relacionadas com a micro e nanofotónica. A nanofotónica poderá ser o próximo passo da fotónica. A fotónica permitirá a criação de computadores milhares de vezes mais rápidos do que os computadores clássicos ou computadores de eletrões. A principal diferença entre um computador fotónico e um computador de eletrões é que o primeiro não transmite os dados através de materiais sólidos (ex: semi-condutores, condutores), mas através de um feixe de luz (laser).
As tecnologias relacionadas com micro e nanofotónica permitem novas características e capacidades em dispositivos de imagem digital que possibilitam uma representação mais fiel do mundo. Alguns exemplos chave são as câmaras e displays HDR, dispositivos de “light-field” e microscópios holográficos que permitem novas modalidades e perspetivas de aquisição, manipulação e visualização.
Estas modalidades de imagem, mais ricas, transportam obviamente mais informação que as imagens típicas, requerendo que a representação, modelação e codificação sejam repensadas. Atualmente, para imagens plenópticas e holográficas, não existe nenhuma norma e a JPEG lançou recentemente uma atividade no sentido de normalizar este tipo de informação visual. Pretende-se ainda o desenvolvimento de novos modelos de compressão de imagem direcionados para estes tipos de informação que possibilitem funcionalidades como manipulação de imagem, metadata, acesso e interação de imagem e gestão da privacidade e segurança associadas à imagem.
O financiamento do projeto vai viabilizar a contratação de vários investigadores e também a compra de novos equipamentos de aquisição e representação destas modalidades de imagem. Vai possibilitar também que o grupo de investigação da UBI, que tem tido uma forte colaboração com diferentes grupos internacionais, continue a ser uma referência no domínio das novas tecnologias multimédia.
Este projeto conta com a participação de António Pinheiro e Paulo Fiadeiro do Centro de Óptica da UBI, em colaboração com docentes do IT associados ao IST (Lisboa) e ao ISEC (Coimbra).