Construção do passadiço do Côa que representa 500 mil euros arranca em julho

Este é um projeto do município de Vila Nova de Foz Côa, em colaboração com a Fundação Côa Parque, e que, numa segunda fase, pretende construir um cais de embarque junto ao rio Douro e fazer a ligação através dos passadiços.

O município de Foz Côa vai avançar em julho com a construção de um passadiço orçado em cerca de 500 mil euros para ligar o Museu do Côa à desativada linha férrea entre o Pocinho e Barca d’Alva.

“A ideia é ligar através de um novo passadiço o Museu (MC) à antiga estação de caminho-de-ferro do Côa, no troço de linha desativado entre o Pocinho e Barca d’Alva. O passadiço terá cerca de um quilómetro de extensão”, disse hoje à Lusa o presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa (Guarda), Gustavo Duarte.

Este é um projeto do município de Vila Nova de Foz Côa, em colaboração com a Fundação Côa Parque, e que, numa segunda fase, pretende construir um cais de embarque junto ao rio Douro e fazer a ligação através dos passadiços.

“Vamos avançar com esta obra durante o mês de julho e só estamos à espera de resolver o direito de propriedade dos terrenos onde será construído o passadiço do Côa. A obra já foi adjudicada”, explicou o autarca.

Segundo Gustavo Duarte, este novo passadiço será ainda mais “contabilizado” com o projeto da ativação do troço da Linha do Douro que ligará as estações do Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo).

O contrato de financiamento dos passadiços do Côa foi assinado há cerca de dois anos pelo então ministro Adjunto e da Economia Pedro Siza Vieira.

O governante adiantou, em 27 de julho de 2019, que os passadiços do Côa eram uma iniciativa financiada pelo “Programa Valorizar, tendo em vista atrair cada vez mais turistas a este território, que é duplamente Património da Humanidade, classificado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, em inglês)”.

O autarca Gustavo Duarte acrescentou que há um duplo financiamento neste momento para a construção dos passadiços: “para além do programa Valorizar haverá a comparticipação do PROVER do Vale do Côa”.

O projeto vai arrancar no sopé do MC e poderá, de futuro, permitir a visita a alguns núcleos de gravuras rupestres no Vale de José Esteves e da Vermiosa.

Por seu lado, Aida Carvalho, presidente da Fundação Côa Parque, que gere o Museu e o Parque Arqueológico do Vale do Côa, acredita que este passadiço será uma forma de estruturar a zona exterior do MC.

“Este passadiço é importante porque vai regular os fluxos de visitantes ao Museu e criar um novo circuito de visitação neste território com um acesso pedonal à foz do rio Côa”, frisou a responsável.

A estrutura vai permitir “uma melhor leitura” da paisagem circundante do MC e do rio Côa.


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