Segundo uma nota da Câmara Municipal da Guarda hoje enviada à agência Lusa, a “intensa e carismática poetisa” Natália Correia (1923 – 1993) será lembrada ao longo do mês de março com uma exposição, um recital, um documentário, uma conferência e um colóquio.
No âmbito da iniciativa, a biblioteca trará à Guarda personalidades que conviveram com a escritora ou que são conhecedoras da sua obra, como a arquiteta Helena Roseta, o romancista, dramaturgo e jornalista Fernando Dacosta e a atriz Elisabete Piecho.
O programa da BMEL dedicado à poetisa começa no dia 05 de março, com a exposição “Natália Correia: a feiticeira cotovia”.
A mostra, que poderá ser visitada até ao dia 31, organizada em vários núcleos temáticos, permitirá ao visitante “conhecer a produção literária da poetisa, nas suas diferentes variantes, bem como a sua ação cívica, o seu empenhamento, não só em várias causas humanitárias como na denúncia de regimes autoritários, e a sua entrega na defesa da liberdade, da causa feminina, do património nacional e da paz mundial”, segundo a fonte.
No dia 08, pelas 21:30, a atriz Elisabete Piecho dará voz a poesias selecionadas da obra “Antologia de poesia portuguesa erótica e satírica de Natália Correia”.
O ciclo prossegue no dia 13, às 18:00, com o documentário “A senhora da rosa (Natália Correia)”, de Teresa Tomé.
Segue-se, no dia 16, às 18 horas, a conferência “Natália Correia, um ser que veio do futuro”, por Fernando Dacosta.
O ciclo da BMEL dedicado a Natália Correia termina a 21, com o testemunho de Helena Roseta, que falará como “testamenteira do espólio literário e artístico e como amiga e atenta leitora e admiradora da poetisa”.
Trata-se do colóquio “Natália Correia – um itinerário interior”, que está agendado para as 18:00, para a Sala Tempo e Poesia da BMEL da Guarda.
O município da Guarda lembra na nota que a obra de Natália Correia “estende-se por géneros variados, desde a poesia ao romance, teatro e ensaio” e que a poetisa foi fundadora da Frente Nacional para a Defesa da Cultura, interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos da mulher.
“Tendo tido um papel ativo na oposição ao Estado Novo, apelou sempre à literatura como forma de intervenção na sociedade. Ficou conhecida pela sua personalidade polémica e vigorosa, a qual se reflete na sua escrita”, remata.