Autorizado concurso para 14 novos postos de trabalho na Fundação Côa Parque

Dalila Rodrigues

Segundo a tutela, a falta de recursos humanos na Côa Parque – Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, “é uma preocupação deste Governo”.

A abertura de concurso para o preenchimento de 14 postos de trabalho na Fundação Côa Parque, no Vale do Côa, foi autorizada pelas Finanças, disse à agência Lusa o gabinete da ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.

“Foi já autorizada a abertura de procedimentos concursais destinados a candidatos que não possuam um vínculo de emprego público por tempo indeterminado previamente constituído, para o preenchimento de 14 postos de trabalho [na Fundação Côa Parque], previstos e não ocupados no respetivo mapa de pessoal, das carreiras gerais de assistente técnico (seis) e de assistente operacional (oito), encontrando-se [a Fundação] a preparar a abertura dos referidos procedimentos concursais”, disse à agência Lusa fonte do Ministério da Cultura.

Segundo a tutela, a falta de recursos humanos na Côa Parque – Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, “é uma preocupação deste Governo, que se empenhou em encontrar uma solução, desbloqueou uma decisão aguardada e sucessivamente adiada por governos anteriores”.

A presidente da Fundação Côa Parque, Aida Carvalho, por seu lado, disse à Lusa que há satisfação e alegria com este anúncio, que entende como “um sinal claro que o Museu do Côa e o Parque Arqueológico estão em franco crescimento e que são fundamentais para a região”.

Os profissionais a contratar vão “ajudar a alargar a âmbito e a missão desta Fundação já que se trata de 14 novos postos de trabalho”, disse Aida Carvalho. “Este era um desejo antigo já que as últimas admissões foram feitas em 2001, ou seja, quase 20 anos depois é que conseguimos autorização para um novo concurso”, frisou a responsável.

Na audição parlamentar de 11 de dezembro de 2024, a secretária de Estado da Cultura, Maria de Lurdes Craveiro, avançou que o Ministério da Cultura aguardava apenas autorização das Finanças para poder abrir um concurso para a contratação de trabalhadores para o Museu do Côa.

Quando a resposta chegar, disse então a secretária de Estado, o Ministério da Cultura “não esperará um dia” para avançar com a abertura do concurso. Maria de Lurdes Craveiro respondia assim à deputada e ex-ministra socialista Ana Mendes Godinho, eleita pelo distrito da Guarda.

A Côa Parque – Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Côa, também designada por Fundação Côa Parque, foi criada em 2011, para gerir o Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) e o Museu do Côa (MC).

Este organismo público, tem como fins principais a proteção, conservação, investigação e divulgação da Arte do Côa, e demais património do Vale do Côa, aliando a capacidade de atração do MC às visitas à arte rupestre.

O grande objetivo da Fundação é, “através do projeto cultural de arqueologia em curso, promover o desenvolvimento integrado da região, aliando parceiros e agentes económicos privados, realçando a importância da economia, da cultura e o seu contributo para o bem-estar do país”.

Em 2024 o MC e o PAVC estabeleceram um “número recorde” de mais 125 mil visitantes, o que significou um aumento de 7,5%, face a 2023.

O PAVC detém 1515 rochas com manifestações rupestres, identificadas em mais de 80 sítios distintos, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há cerca de 30 mil anos, o que faz deste local a maior galeria do mundo a céu aberto de arte do Paleolítico Superior, agora complementada com manifestações posteriores.


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