Sindicato fala em 30% de adesão à greve, Resiestrela diz que é de 4%

O sindicalista adianta ainda que os efeitos da paralisação dos trabalhadores não se irão fazer sentir hoje, mas sim a partir de quarta-feira.

A greve na empresa de recolha de resíduos Resiestrela registava, segundo os sindicatos, uma adesão de 30%, a meio da manhã de hoje, com a empresa a avançar com um valor de 4%.
De acordo com o coordenador regional de Castelo Branco do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), José Rocha, a adesão à greve dos trabalhadores da Resiestrela ronda os 30%.
Já em comunicado enviado à agência Lusa, a empresa de recolha de resíduos explica que “a adesão à greve que decorre é de 4%”, às 10:00.
O sindicalista adianta ainda que os efeitos da paralisação dos trabalhadores não se irão fazer sentir hoje, mas sim a partir de quarta-feira.
“Hoje não se vão sentir os efeitos da greve. Não houve retirada de lixos das principais estações de transferência (Covilhã e Guarda) no fim de semana. Os efeitos irão fazer-se sentir na quarta-feira, porque quando quiserem entregar o lixo recolhido têm que se deslocar ao Fundão, porque as restantes estações de transferência irão estar a transbordar”, sustentou José Rocha.
As principais reivindicações dos trabalhadores são o aumento dos salários e dos subsídios de refeição e de transporte, a atribuição do subsídio de turno, um seguro de saúde e de vida para todos os trabalhadores em condições iguais e respeito pela categoria profissional e pelos conteúdos funcionais dos trabalhadores.
A Resiestrela explica que definiu os recursos humanos como “preocupação prioritária” da empresa ao longo do último ano, promovendo desde logo uma avaliação da situação encontrada após o processo de privatização.
“Esse diagnóstico tornou evidente um conjunto de situações que careciam de resolução premente, como tal identificadas por todas as partes interessadas, que a Resiestrela se propôs desde logo enfrentar”, lê-se no comunicado.
A empresa adianta ainda que foram implementadas um conjunto de medidas que, apesar de implicarem impactos financeiros relevantes, foram entendidas como essenciais e urgentes para a valorização dos trabalhadores.
De entre essas medidas, está eliminação de todos os cortes salariais vigentes e a reposição integral das remunerações de todos os trabalhadores, a harmonização dos montantes do subsídio de refeição, a regularização da situação dos trabalhadores temporários, com a integração nos quadros da empresa e o reconhecimento e valorização da antiguidade de cada trabalhador.
Em relação aos motivos apresentados pelo sindicato e constantes do pré-aviso de greve, a Resiestrela sublinha que desde o início “manteve uma política de diálogo, recebendo sempre o STAL, ouvindo as suas reivindicações e procurando, na medida do possível, dar resposta aos problemas identificados (…)”.
“A Resiestrela continuará a envidar todos os esforços no sentido de procurar melhorar as condições de trabalho e de remuneração de todos os seus trabalhadores”, conclui.
A Resiestrela faz triagem de resíduos nos concelhos de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso.
A EGF é responsável pela recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos urbanos, através de 11 sistemas multimunicipais (empresas) de norte a sul do país, em cujo capital entram também os municípios, com 49%.


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