Simpósio internacional leva arte para as ruas da cidade da Guarda

A iniciativa envolve a participação de cerca de 120 artistas nacionais e estrangeiros, sendo que sete escultores e sete pintores estão a trabalhar ao vivo.

O I Simpósio Internacional de Arte Contemporânea (SIAC) da cidade da Guarda, que decorre até terça-feira, leva a arte para as ruas e conta com a participação de artistas que produzem peças que revertem para o museu local.
O evento cultural, organizado pela Câmara Municipal da Guarda, através do museu, em parceria com a Universidade de Salamanca, Espanha, contempla múltiplas abordagens expressivas da Arte Contemporânea, nomeadamente na escultura, pintura e serigrafia.
A iniciativa envolve a participação de cerca de 120 artistas nacionais e estrangeiros, sendo que sete escultores e sete pintores estão a trabalhar ao vivo.
Segundo o vereador Victor Amaral, vereador com o pelouro da cultura, com o SIAC a organização pretende dinamizar a cidade e “demonstrar que a arte e a criatividade artística são hoje ingredientes fundamentais para tornar as cidades mais atrativas” e “muito mais vivas”.
“Nós [Câmara Municipal] quisemos, com este simpósio, contribuir para que a cidade fique mais rica sob o ponto de vista patrimonial”, disse hoje o autarca à agência Lusa.
Victor Amaral referiu que todas as obras produzidas pelos 14 artistas internacionais durante o evento “vão ficar como acervo do próprio museu”.
“É algo que para nós também tem muito significado. Estamos a criar formas significantes de criar riqueza, de entender a arte como algo para lá da própria arte, isto é o contributo que fica para uma cidade relativamente ao futuro”, sublinhou.
Conclui que o simpósio, o primeiro dos muitos que a autarquia quer realizar, é também um contributo para que a Guarda tenha uma plataforma “de valorização da arte contemporânea”.
Participam no SIAC, que começou a 28 de maio com a inauguração de uma exposição do escultor espanhol José Luís Coomonte, artistas de dez países diferentes e de cinco continentes.
A escultora italiana Elena Saracino, pela primeira vez na Guarda, disse hoje à Lusa que a participação está a ser uma “bonita experiência”.
“É a primeira vez que estou aqui a trabalhar em Portugal, sobretudo na Guarda, e gosto muito da arquitetura e das pessoas e creio que isso me dá mais ânimo para trabalhar na minha peça”, declarou.
A pintora francesa Corrine Rouveyre, também pela primeira vez em Portugal, aceitou “com muito prazer” o convite para participar no SIAC.
“Encontrei muitos artistas de diferentes países. Tenho o prazer de ter sido muito bem acolhida na cidade da Guarda”, disse.
O pintor Luís Geraldes, que viajou da Austrália, reconhece que o simpósio “tem a finalidade de colocar a Guarda no mapa cultural”.
Dois habitantes da Guarda hoje abordados pela Lusa valorizaram a iniciativa cultural e elogiaram a organização.
“Para a cidade é um êxito extraordinário em termos de artistas”, declarou Telmo Cunha.
Outro habitante, Mário Cameira Serra, considera a iniciativa “louvável” e diz ser “uma pedra no charco” numa cidade de província.
O SIAC inclui exposições, ‘ateliers’ de pintura e escultura, instalações, colóquios, recitais de poesia, apresentação de livros, cinema, documentários, jazz e música contemporânea, ‘workshops’ e arte urbana.


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