Secretário de Estado da Proteção Civil visitou hoje o Centro de Meios Aéreos da Guarda

O governante adiantou que o País tem “maior cobertura de sempre” de meios aéreos.

O secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, disse hoje que o país possui, este ano, a “maior cobertura de sempre” em termos de meios aéreos para combate aos incêndios rurais.

“Temos este ano a maior cobertura de sempre em termos de meios aéreos, são qualquer coisa como 55 meios aéreos no continente, mais um na Madeira, a funcionar com uma lógica muito direcionada para o primeiro ataque”, disse José Artur Neves à agência Lusa, no final de uma visita ao Centro de Meios Aéreos da Guarda.

O governante adiantou que o dispositivo de combate a incêndios inclui 40 helicópteros entre médios e ligeiros, com brigadas helitransportadas do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS) da GNR, estando um dos helicópteros instalado na Guarda.

Segundo José Artur Neves, os elementos dos GIPS “foram todos muito preparados” durante o período de defeso para as brigadas “estarem presentes em todos os helicópteros”, lembrando que antes guarneciam 22 helicópteros e agora estão nos 40.

O secretário de Estado da Proteção Civil explicou que o Governo estendeu esta força especial da GNR aos 18 distritos porque, para além de ser “uma estrutura muito bem preparada” para eliminar o incêndio no arranque, é uma força policial de investigação e o facto de cobrir o território “vigia também simultaneamente e prende os incendiários”.

Nos últimos dias “tem já sido dado nota de flagrantes delitos” que os elementos observaram e, “com a ligação entre quem está no helicóptero e quem percorre o terreno pelas brigadas terrestres (?) é possível, com essa coordenação, apanhar vários incendiários”.

“Isso já aconteceu no terreno, e nós queremos potenciar essa vigilância simultânea e ataque imediato. Por isso, daí a aposta que fizemos para este período de combate, depois da aposta na prevenção”, justificou.

Questionado sobre a cobertura da Serra da Estrela com meios aéreos – presentes na Guarda e em Seia – José Artur Neves, disse que existe uma estrutura, um mapeamento de recursos de primeira intervenção que, de algum modo, “dão tranquilidade.

“E, portanto, estando nós numa zona sensível, com os meios todos que temos, mobilizando-se para o primeiro ataque, nós acreditamos que estão criadas condições para evitar problemas”, afirmou.

Durante a visita ao Centro de Meios Aéreos da Guarda, o presidente da Câmara Municipal, Álvaro Amaro, deu conta da intenção da autarquia em proceder à mudança daquela unidade para a Quinta da Maúnça, um espaço municipal.
“Parece que é preciso fazer pequenas obras, justamente, para o estacionamento do helicóptero. Acho que é uma boa solução” e “também agrada bastante” aos GIPS, disse.

Álvaro Amaro indicou que é uma medida para concretizar “até dezembro de 2019”. “Temos de cuidar destas melhores soluções porque nós queremos uma boa proteção civil e queremos estar seguros que se algum problema acontecer, sabermos que temos homens e mulheres bem preparados”, rematou.

O secretário de Estado da Proteção Civil, que soube hoje da proposta, prometeu analisá-la em conjunto com a autarquia.

Depois da visita ao Centro de Meios Aéreos da Guarda, o governante dirigiu-se para Viseu, para visitar o Aeródromo e as instalações do novo quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros locais.


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