O anúncio foi feito na terça-feira à noite, durante uma reunião do Governo Regional dos Açores com o Conselho de Ilha das Flores, que se realizou em Santa Cruz das Flores.
O presidente do Governo açoriano, Vasco Cordeiro, explicou que a SATA informou a tutela (o executivo regional, único acionista da empresa), da “intenção de aumentar a disponibilidade de lugares” e a capacidade de carga nos voos inter-ilhas, entre o fim deste mês e o final de agosto.
Os mais de 6.400 novos lugares resultam da criação de 52 novos voos e da alteração dos aviões que a empresa tinha previsto usar em 99 ligações. Desta forma, aumenta também a capacidade de carga, no mesmo período, em mais 96 toneladas, ainda segundo Vasco Cordeiro.
Durante a reunião, os conselheiros das Flores haviam pedido precisamente ao executivo açoriano mais lugares e maior capacidade de carga nos voos para a ilha, dados os “enormes constrangimentos” dos últimos meses.
O secretário regional dos Transportes, Vítor Fraga, disse aos conselheiros que a SATA disponibilizará mais perto de 500 lugares para as Flores e que a capacidade de carga aumentará em mais de cinco toneladas, no mesmo período.
Para Vasco Cordeiro, “este é um bom sinal”, porque, disse aos jornalistas no final da reunião, revela que o novo modelo de ligações aéreas aos Açores, em vigor desde abril, está “a produzir efeitos em todas as ilhas”.
Os conselheiros das Flores alertaram também para o “enorme esforço financeiro inicial” que está ser pedido “às famílias açorianas” quando querem viajar para fora do arquipélago, no âmbito deste novo modelo, apesar de haver direito a reembolsos.
Vítor Fraga lembrou que o modelo em vigor é recente e que está a ser monitorizado, para se avaliar, após uma primeira fase, se há aspetos que podem ser melhorados.
Em relação às questões da saúde levantadas pelos conselheiros, o secretário regional Luís Cabral garantiu que o posto de saúde das Lajes das Flores começará a funcionar, de forma gradual, ao longo das próximas semanas.
Quanto à deslocação de doentes para tratamentos e consultas fora da ilha, afirmou que a legislação publicada recentemente não alterou os critérios e que a tutela está a acompanhar casos de aparentes más interpretações dos novos diplomas, garantindo que continuará a fazê-lo.
Por outro lado, enumerou uma lista de deslocações de especialistas à ilha, já este ano, e outras previstas para os próximos meses, garantindo que tem havido boa resposta, dentro das possibilidades, às necessidades identificadas pelos médicos de família.