Recuperação do Hotel Turismo da Guarda é projeto de interesse municipal

Álvaro Amaro reconheceu tratar-se de “um bom princípio”, esperando que o edifício “reabra como hotel” no prazo de quatro anos.

A Câmara Municipal da Guarda decidiu, por unanimidade, classificar o projeto de recuperação do Hotel de Turismo local como sendo um “investimento de interesse municipal”.

A autarquia presidida por Álvaro Amaro (PSD) decidiu na segunda-feira, com “muita satisfação”, atribuir a classificação de interesse municipal ao projeto do consórcio formado pelas empresas MRG – Property, S.A. e MRG – Construction, S.A., para recuperação do antigo Hotel de Turismo.

Durante a reunião quinzenal do executivo, o autarca social-democrata explicou que, segundo informação recebida, por escrito, do grupo empresarial, os procedimentos prévios para execução da obra estão prontos e, quando derem entrada no município da Guarda, terão “via verde”.

Álvaro Amaro reconheceu tratar-se de “um bom princípio”, esperando que “as coisas [procedimentos para execução da obra] se tornem imparáveis” e que o edifício “reabra como hotel” no prazo de quatro anos.

O contrato de concessão de recuperação do Hotel de Turismo da Guarda ao grupo MRG foi assinado no dia 04 de maio, estimando-se um investimento total de cerca de sete milhões de euros, informou a Secretaria de Estado do Turismo.

A concessão é feita por 50 anos, no âmbito do programa Revive, e estima-se que o investimento total para a recuperação do edificado seja de cerca de sete milhões de euros, referiu o gabinete da Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

“O consórcio compromete-se a construir uma unidade hoteleira neste imóvel que ocupe no mínimo 55% da área bruta de construção”, estando previsto um “boutique hotel, de quatro estrelas, ligado ao tema da neve, com 50 quartos e com outras valências como spa (que estará acessível igualmente aos residentes no município) e restaurante”, sublinhava o gabinete da Secretária de Estado do Turismo.

O Hotel de Turismo da Guarda, que está devoluto desde 2012, foi projetado em 1940 pelo arquiteto Vasco Regaleira e concluído em 1958, durante o Estado Novo, sendo um dos edifícios mais emblemáticos da cidade da Guarda.

“Em 2015 foram lançados dois procedimentos destinados à venda do hotel, em condições que não atraíram interessados”, recordava o Governo, sublinhando que a integração do imóvel no programa Revive permite torná-lo num “ativo económico”.

Na reunião de hoje do executivo municipal da Guarda, a autarquia também aprovou, por unanimidade, a revisão da Carta Educativa que, face ao decréscimo de alunos, não contempla a construção de um novo Centro Escolar na cidade.

“Nos trabalhos decorrentes da Carta Educativa, concluí que seria um erro estratégico, igual ao que se cometeu há dez anos, irmos construir um novo Centro Escolar, na Guarda”, explicou Álvaro Amaro.

O vereador do PS Eduardo Brito disse que o documento “coloca desafios muito complexos” que são transversais a todos os territórios do interior do país.

“É um problema complicado e exige” uma “política mais agressiva para ver se se consegue inverter” a tendência, rematou o socialista.


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