Quatro em cada cinco crianças do Fundão têm peso apropriado

Desta análise, conclui-se que “as ementas estão, na sua maioria, bem construídas”, estando de acordo com as regras impostas pelo Ministério da Educação, enquanto que nas IPSS “há uma imensa margem de progressão”, disse a dietista Sofia Garcia.

Quatro em cada cinco crianças que frequentam o 3.º ciclo de ensino no concelho do Fundão têm o peso apropriado para idade, revela um estudo hoje tornado público pelo Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB). O estudo foi realizado no âmbito do projeto “Como” e resulta de uma parceria estabelecida em janeiro entre o CHCB, a Câmara Municipal do Fundão, o Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira e a Ordem dos Nutricionistas. No trabalho, desenvolvido por uma dietista e por uma nutricionista, foi analisado o peso, a altura e o perímetro abdominal de 658 alunos de vários estabelecimentos de ensino do concelho do Fundão, tendo o mesmo revelado que “79% têm o peso apropriado, 6,7% são obesos, 12,5% estão em estado de pré-obesidade e 1,8 por cento são magros”. As conclusões deste trabalho revelaram ainda que o estado nutricional destes alunos está “melhor do que a média nacional”, já que “os estudos sobre a população portuguesa apontam para que cerca 30% das crianças tenha excesso de peso e obesidade”, aponta o CHCB. Além da avaliação antropométrica dos alunos, a equipa realizou, ao longo destes seis meses, inquéritos de avaliação dos hábitos alimentares, recolheu a opinião dos alunos sobre as cantinas escolares e verificou qual a prática da atividade física. “Foi ainda avaliada a disponibilidade alimentar em meio escolar através de visitas aos bares e análise das ementas de todas as escolas. Para além da população escolar, o estudo avaliou ainda as ementas de 16 instituições particulares de solidariedade social (IPSS) do concelho do Fundão”. Desta análise, conclui-se que “as ementas estão, na sua maioria, bem construídas”, estando de acordo com as regras impostas pelo Ministério da Educação, enquanto que nas IPSS “há uma imensa margem de progressão”, disse a dietista Sofia Garcia. As duas especialistas sugeriam, então, a introdução de melhorias nas ementas e “as sugestões foram bem acolhidas”, tal como acrescentou a nutricionista Adriana Marcelino. Na nota de imprensa do CHCB, é ainda referido que o projeto tem o “objetivo de educar e incentivar hábitos alimentares saudáveis através da intervenção direta de especialistas nas áreas de Dietética e Nutrição” e que “o interesse do projeto levou as entidades promotoras a reunirem esforços para apresentarem uma candidatura à Fundação Calouste Gulbenkian para assegurar a continuidade” do mesmo e alargá-lo a toda a região da Cova da Beira.


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