O candidato do PSD à Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, acredita que a sua candidatura será aceite, apesar de o tribunal da cidade ter decidido esta segunda-feira pela impugnação pedida pelo Bloco de Esquerda (BE).
«Respeitamos as decisões [dos tribunais], mas continuamos a trabalhar” na “convicção de que a nossa candidatura será aceite e vitoriosa», afirmou à agência Lusa Álvaro Amaro, que cumpre o terceiro mandato consecutivo à frente da Câmara de Gouveia e concorre à presidência do município da Guarda a 29 de setembro. O Tribunal da Guarda decidiu pela impugnação da candidatura social-democrata à presidência deste município, disse à Lusa o coordenador autárquico do BE, Pedro Soares, adiantando que idênticas foram as decisões judiciais em relação às candidaturas do PSD em Tavira e Castro Marim, pelo facto de os candidatos também terem atingido o limite de mandatos noutros municípios. Compete aos tribunais «analisar e julgar», mas, «obviamente, a nossa candidatura, em consonância com a estratégia nacional do partido, preparará a reclamação e eventual recurso para o Tribunal Constitucional», disse Álvaro Amaro, sublinhando que continuará a trabalhar na convicção de que será candidato à Câmara da Guarda. Álvaro Amaro assegurou que aguarda «serenamente» o desenvolvimento do processo, em instâncias superiores, «mantendo sempre a mesma intensidade de trabalho» que uma campanha exige. O BE apresentou pedidos de impugnação de 11 candidaturas autárquicas, nos concelhos de Alcácer do Sal (CDU), Aveiro (PSD), Beja (CDU e PS), Castro Marim (PSD), Évora (CDU), Guarda (PSD), Lisboa (PSD), Loures (PSD), Porto (PSD) e Tavira (PSD). Daqueles pedidos de impugnação, hoje foram conhecidas as decisões dos tribunais da Guarda, de Tavira e de Vila Real de Santo António (em relação ao caso de Castro Marim), que aceitaram a impugnação, e do Tribunal de Évora, que decidiu no sentido contrário. O Tribunal de Évora rejeitou o pedido de impugnação do BE à candidatura de Carlos Pinto de Sá (CDU) à câmara municipal deste concelho, mas os bloquistas pretendem recorrer para o Tribunal Constitucional, segundo Bento Anastácio, do secretariado da coordenadora distrital de Évora do BE.