PSD da Guarda alerta para desinvestimento “brutal” do Governo na Saúde

A estrutura social-democrata presidida por Carlos Peixoto denunciou que “não há ninguém que possa ficar indiferente à lastimável situação a que chegou a Saúde na Guarda”.

A Comissão Política Distrital do PSD da Guarda chamou hoje a atenção para o setor da Saúde no distrito, considerando que o desinvestimento do Governo é “brutal” e a degradação acontece “a um ritmo assustador”.

A estrutura social-democrata presidida por Carlos Peixoto denunciou hoje, em conferência de imprensa, que “não há ninguém que possa ficar indiferente à lastimável situação a que chegou a Saúde na Guarda”.

O PSD, que chama a atenção para a “agonia da saúde” na Guarda, considera que “o desinvestimento do Governo é brutal, o desrespeito pelas pessoas é total e a irresponsabilidade pode ser fatal”.

“Por mais floreados e ilusões que se vendam, por mais que o cenário negro vivido seja pintado de cor-de-rosa avermelhado, por mais que se escondam evidências e falências sem quartel, já não há magia que disfarce a miséria que grassa no setor”, segundo Carlos Peixoto.

A distrital do PSD denuncia que o Governo, “entre palmas e abraços”, aprovou um Orçamento do Estado “que em 2019 reduz em quase 15 milhões de euros a dotação para a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda”.

“Só em material de consumo clínico, aquele de que todos os utentes precisam como de pão para a boca para se tratarem e para recuperarem de uma doença, o corte foi de 2,4 milhões de euros. No próximo ano, vai faltar tudo, menos a indignação e a vergonha de quem nos impõe tamanha míngua”, relata.

Segundo a Comissão Política Distrital do PSD, “o Governo propagandeia êxitos ímpares, mas não diz que a ULS da Guarda deve mais de um milhão de euros às corporações de bombeiros do distrito que, à semelhança de outras do país, estão a um passo de deixar de fazer transportes de doentes não urgentes”.

No Hospital da Guarda “só há dois especialistas de cardiologia, com a agravante de que só atendem urgências duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras, os únicos dias em que os guardenses podem sofrer do coração”, aponta, como exemplo.

O partido lembra ainda que “as camas dos serviços de Cirurgia, Ortopedia e Cardiologia encerradas há mais de cinco meses, por falta de pessoal de enfermagem, continuam a repousar sem uso, com enormes prejuízos para a qualidade de prestação de cuidados aos doentes”.

“A degradação do setor acontece a um ritmo assustador e assim, sem nenhum sobressalto cívico, muito se vai perdendo para outros lados”, alerta.

A estrutura social-democrata da Guarda considera ainda que “os executivos socialistas têm sido os coveiros políticos do Hospital da Guarda”.

O poder político, acrescenta, “tem de se definir de uma vez por todas e de esclarecer o que quer fazer com a ULS da Guarda, revelando o papel que lhe quer reservar no panorama regional”.

O PSD exorta o Governo “a agir, a investir e a tratar a população do distrito da Guarda com o respeito que ela merece, oferecendo-lhe um serviço de saúde de qualidade, de proximidade e capaz de servir e salvar vidas”.


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