Os deputados do PS de Coimbra, Guarda e Porto querem que o ministro da Economia esclareça quando vão ser construídas várias estradas em redor da Serra da Estrela, prometidas por sucessivos governos há várias décadas.
Em causa está o facto de estarem a avançar outros investimentos e de não saírem do papel os projetos dos itinerários complementares IC 6 (Coimbra – Covilhã), IC 7 (Viseu – Seia) e IC 37 (Oliveira do Hospital e Fornos de Algodres). Os socialistas recordam que o Governo anunciou investimentos em infraestruturas portuárias de Lisboa, bem como em estradas de distritos com taxa de execução do Plano Rodoviário Nacional de 100 por cento ou perto disso – apontando os casos da variante de Vila Verde, Braga, e da ligação de Penafiel à autoestrada A4. Em contraste, a região da Serra de Estrela tem «uma baixa taxa de execução» e «em 2011, 2012 e 2013, o atual governo parou todos os investimentos previstos», numa região que é das «mais pobres» do país, referem os socialistas. Os deputados Paulo Campos, André Figueiredo, Mário Ruivo e João Portugal querem que se faça a «justiça de investir em zonas do interior abandonadas e carenciadas de investimento rodoviário». Destacam ainda que a região tem «uma forte indústria exportadora que está dependente de boas acessibilidades para aumentar a sua competitividade». Por outro lado, já houve «um forte investimento» em estudos e projetos relativos aos itinerários reivindicados, entre 2006 e 2010. A pergunta remetida ao ministro da Economia pede a clarificação do calendário de construção e solicita um esclarecimento sobre a prioridade dada, ao abrigo do Plano de Investimento em infraestruturas rodoviárias anunciado pelo Governo. «Quais os estudos que basearam a decisão de investimento em outras infraestruturas anunciadas recentemente pelo governo», perguntam, querendo saber se há estudos que demonstrem ser mais necessárias que o IC6, IC7 e IC37. Os deputados socialistas desafiam ainda o ministro da Economia a participar numa sessão de trabalho sobre o tema na região, com presidentes das câmaras, deputados da Assembleia da Republica, empresários e outras entidades.