PS exige esclarecimentos sobre saída da vereadora Diana Monteiro

Diana Monteiro

A Comissão Política Concelhia do Partido Socialista (PS) da Guarda exigiu esclarecimentos sobre o pedido de demissão apresentado por Diana Monteiro da Câmara da Guarda, eleita pelo Movimento Pela Guarda.

A demissão da vereadora da Câmara da Guarda, Diana Monteiro, na semana passada, resulta de uma decisão pessoal, disse o líder da autarquia, mas os socialistas exigiram ontem esclarecimentos.

A Comissão Política Concelhia do Partido Socialista (PS) da Guarda exigiu esclarecimentos sobre o pedido de demissão apresentado por Diana Monteiro da Câmara da Guarda, eleita pelo Movimento Pela Guarda.

Numa conferência de imprensa, o líder da concelhia António Monteirinho defendeu que “o pedido de demissão exige esclarecimentos urgentes por parte do presidente da Câmara da Guarda”.

Diana Monteiro era vereadora da autarquia liderada por Sérgio Costa.

A saída da vereadora com os pelouros da Economia, Finanças e Desporto foi conhecida na sexta-feira ao despedir-se de funcionários e colaboradores da autarquia.

António Monteirinho sustentou que “a Guarda e as suas gentes merecem saber o que motivou esta saída “a meio do mandato da vereadora responsável pelo pelouro financeiro neste momento tão crucial em que se aproxima a apresentação do orçamento autárquico para 2024”.

O dirigente socialista considerou que “as explicações dadas até agora pelo presidente da Câmara são tudo menos esclarecedoras”.

“Não aceitamos que o senhor presidente diga que foi por motivos exclusivamente pessoais. O presidente tem de esclarecer a população”, ressalvou.

O PS exige “cabais explicações em nome da transparência, caso contrário deve o executivo ponderar se ainda mantém condições necessárias e suficientes para o desempenho das suas funções”.

António Monteirinho acredita que na origem da saída de Diana Monteiro possam estar “discordâncias profundas” na elaboração do orçamento para 2024.

“Aquilo que nós vamos sabendo é que existe uma descoordenação total e um descontrolo total das finanças da autarquia”, sustentou.

António Monteirinho lembra que o Movimento Pela Guarda não tem maioria absoluta e por isso “o executivo deve fazer uma avaliação se ainda tem condições para se manter em funções”.

O PS “acredita que não tem essas condições” e irá utilizar todos os instrumentos ao dispor na Câmara Municipal e também na Assembleia Municipal para “fazer uma oposição mais acérrima e mais incisiva em relação aquilo que têm sido as decisões do executivo”.

António Monteirinho não revelou qual poderá ser o sentido de voto do PS no orçamento, argumentando que o PS “estar às cegas” sobre o conteúdo da proposta.

“Não sabemos nada do que irá ser o orçamento e agora ficámos com mais dúvidas, uma vez que a vereadora que tinha esse pelouro demitiu-se”, salientou.

O executivo da Câmara da Guarda é composto por três eleitos do Movimento Pela Guarda, três do PSD e um eleito do PS.

Sobre o pedido de demissão da vereadora, Sérgio Costa limitou-se a dizer à agência Lusa que “é preciso respeitar a decisão pessoal”.

Apesar das tentativas não foi possível obter uma reação de Diana Monteiro.


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