Projeto "Palavra Chave" leva livros às prisões

Estão agendadas sessões de leitura de poesia, grande parte de obras de autores portugueses, para Silves, Faro, Olhão, Sintra (prisão da Carregueira), Alcoentre, Covilhã, Guarda, Aveiro, Lamego e Caldas da Rainha. O projeto “Palavra Chave” vai levar livros e outras atividades a diversos estabelecimentos prisionais do país a partir de meados de setembro, em ações […]

Estão agendadas sessões de leitura de poesia, grande parte de obras de autores portugueses, para Silves, Faro, Olhão, Sintra (prisão da Carregueira), Alcoentre, Covilhã, Guarda, Aveiro, Lamego e Caldas da Rainha.
O projeto “Palavra Chave” vai levar livros e outras atividades a diversos estabelecimentos prisionais do país a partir de meados de setembro, em ações de voluntariado de apoio ao processo de reintegração social dos reclusos. Desenvolvido em parceria com a Direcção-Geral da Reinserção e dos Serviços Prisionais, o “Palavra Chave” terá uma fase inicial destinada a formação de voluntários em Bragança, Lamego, Elvas, Grândola e Ponta Delgada, cinco localidades onde existem estabelecimentos prisionais. O promotor cultural Filipe Lopes, fundador do Grupo “O Contador de Histórias”, referiu à agência Lusa que a formação do “Palavra Chave” visa «dotar os participantes de ferramentas que lhes permitam entender a especificidade» da população prisional. A formação, conduzida pela psicóloga Carla Xavier, ajudará os participantes «para que eles próprios concebam e desenvolvam depois projetos de intervenção, promoção de leitura e outros, dentro das prisões». Prevê-se que as ações nos estabelecimentos prisionais selecionados possam envolver mais de uma centena de voluntários. Filipe Lopes, que desenvolve “A poesia não tem grades” nas prisões há uma década, ressalvou a importância de utilizar o livro como ferramenta «de desenvolvimento pessoal e de integração social». «A sobrelotação das cadeias e a diminuição dos recursos diminuem a capacidade dos estabelecimentos prisionais para trabalharem estas duas áreas. O recluso tem de sentir o sofrimento como punição dos seus atos, mas tem de ser apoiado no seu processo de crescimento e renovação como pessoa», observou. As intervenções da iniciativa “Palavra Chave” nos estabelecimentos prisionais tem já datas provisórias: 19 de setembro e 12 de outubro, em Lamego; 20 e 21 de setembro, em Bragança; 24 de setembro e 18 e 22 de outubro, em Pinheiro da Cruz (Grândola); 19 de outubro, em Elvas; e 23, 24 e 25 de outubro, em Ponta Delgada. O número estimado de presos que serão «envolvidos diretamente» na “Palavra Chave” é de 120 nos cinco estabelecimentos prisionais, universo que poderá superar os “350 reclusos com as atividades decorrentes dos projetos de iniciativas que serão apresentados na formação”. O projeto “Palavra Chave”, que se estende até Março do próximo ano, foi um dos vencedores do programa EDP Solidária, em 2013. “A poesia não tem grades”, também em regime de voluntariado, continua a decorrer em paralelo e, este ano, visitou o Estabelecimento Prisional de Ponta Delgada, nos Açores. Estão agendadas sessões de leitura de poesia, grande parte de obras de autores portugueses, para Silves, Faro, Olhão, Sintra (prisão da Carregueira), Alcoentre, Covilhã, Guarda, Aveiro, Lamego e Caldas da Rainha.

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