Agricultura
A área de produção de cereais como o trigo ou o centeio vai voltar a diminuir este ano, enquanto a produção de azeitona deverá atingir um recorde, revelam previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE), hoje divulgadas.
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O “inverno particularmente chuvoso” é a base da justificação do INE para a estimativa de redução da área cerealífera este ano, uma queda que se regista pelo menos desde 2005 segundo as estatísticas disponibilizadas pelo instituto.
“As chuvas de novembro e dezembro permitiram uma germinação e um desenvolvimento normal das culturas que entretanto já tinham sido semeados. No entanto, a continuação dessa precipitação ao longo de boa parte do mês de janeiro, aliada às geadas e ao frio intenso, condicionou o desenvolvimento das searas”, lê-se no relatório do INE.
Entre os cereais, as maiores reduções de áreas de produção estimadas referem-se ao trigo mole e à cevada, que juntos vão ficar este ano com menos 20 mil hectares.
O trigo mole, que em 2005 ocupava 121 mil hectares, deverá este ano sofrer uma redução de 10 mil hectares em relação à campanha anterior, prevendo-se que fique com uma área total de produção de 42 mil hectares.
No trigo duro a redução de área de produção prevista é bastante mais pequena, de apenas mil hectares, prevendo-se que lhe sejam destinados este ano seis mil hectares, mais do que os dois mil hectares que Portugal registava em 2005.
Na cevada a redução de área é de 10 mil hectares, passando a ocupar 31 mil hectares, enquanto no triticale a redução de área prevista é de dois mil hectares para um total de 18 mil hectares.
O centeio é o único, entre os cereais objeto de estatística do INE, que mantém a área de produção, ficando pelos 19 mil hectares que tinha na campanha anterior.
O olival, pelo contrário, deverá atingir esta campanha uma produção recorde de cerca de 420 mil toneladas, mais 85 mil toneladas do que os “dados previsionais” de 2009.
