O Tribunal de Foz Côa aplicou ontem a prisão preventiva a três homens detidos pela GNR por suspeita de crimes de furto em igrejas e juntas de freguesia dos distritos de Guarda e Bragança.
Os detidos, residentes em Viseu, com 40, 49 e 50 anos, foram ouvidos pelo juiz durante cerca de nove horas e no final do interrogatório, que terminou pelas 21 horas, aplicou a medida de coação de prisão preventiva, disse à agência Lusa o tenente-coronel Cunha Rasteiro, chefe da Secção de Investigação Criminal do Comando Territorial da GNR da Guarda. O responsável indicou que os homens, que após o interrogatório judicial foram conduzidos ao estabelecimento prisional da Guarda, são suspeitos de, «nas últimas três semanas, terem praticado 44 crimes de furto – 33 no distrito de Bragança e 11 no da Guarda – em igrejas, juntas de freguesia e estabelecimentos públicos». Foram detidos na madrugada de segunda-feira, na zona de Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda, por elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Pinhel, em colaboração com os Núcleos de Investigação Criminal de Bragança, Torre de Moncorvo e Viseu. «Foram abordados quando regressavam de mais uma ação e tinham com eles ferramentas que utilizavam para a abertura das portas» dos edifícios, indicou a GNR. Segundo Cunha Rasteiro, os suspeitos «escolhiam as aldeias mais isoladas, onde viviam maioritariamente idosos, e levantavam sentimentos de insegurança» nas populações. «A detenção destes indivíduos contribui para a acalmia das populações e para a restituição do sentimento de segurança nesses locais», referiu. O oficial do Comando Territorial da GNR da Guarda lembrou que os detidos furtavam essencialmente dinheiro, «acontecendo que em um ou outro caso também furtavam peças em ouro», cujos valores estão a ser apurados pelas autoridades policiais. Dois dos detidos já têm antecedentes criminais por sequestro, roubo e furto, disse.