Premiados os melhores vinhos da CIMBB e do concelho de Proença-a-Nova

Os prémios aos melhores vinhos da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) e aos melhores vinhos do concelho de Proença-a-Nova foram entregues este domingo, 15 de abril.

Os vencedores foram conhecidos depois de realizada a prova cega no âmbito dos distintos concursos promovidos em colaboração com o Centro Ciência Viva da Floresta.

Para o presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, esta é uma forma de destacar a formação nesta área promovida pelo CCV da Floresta há já dez anos e que se materializou na criação do Laboratório de Vinhos e Mostos em 2012.

“Com este serviço, promovemos o acompanhamento desde a cepa até ao copo, o que se traduz no facto de, hoje, termos vinhos com qualidade de excelência que muitos pensariam ser impossível de alcançar há dez anos. A vitivinicultura é uma valência que queremos também criar na cadeia de valor dos nossos recursos endógenos, pois tem essa capacidade para ser dinamizada e é com estes concursos e com o acirrar de querermos ser excelentes que conseguimos ter produtos de qualidade”, afirmou João Lobo.

Também o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, Luís Pereira, referiu a importância destas iniciativas.

“Tradicionalmente as autarquias tinham grande enfoque nas infraestruturas, hoje continuam com essa responsabilidade, mas também têm um papel preponderante em áreas novas como educação, cultura, ação social ou economia”, referiu, destacando ainda o papel de continuidade e de ambição desta iniciativa, “procurando projetar aquilo que é o saber fazer em produtos de excelência que diferenciam o nosso território”.

No concurso Os Melhores Vinhos da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa participaram seis produtores que cumpriram os requisitos de participação, ou seja, são vinicultores titulares de marca com certificado de produtos vínicos DOC Beira Interior ou IG Terras da Beira, com sede nos concelhos da CIMBB (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão).

Em concurso estavam duas categorias: a colheita 2017 e a livre, aberta a vinhos sem limitação de ano de produção ou categoria – monocastas ou reservas. Foram atribuídas classificações prata aos vinhos que alcançaram 75 ou mais pontos e ouro aos que obtiveram 85 ou mais pontos. Em cada categoria, os vinhos que tiveram a pontuação mais elevada receberam a distinção “Beira Baixa Excelência de Ouro”.

Quanto aos resultados, três vinhos receberam o selo “Beira Baixa Excelência de Ouro”: Monte Barbo (branco, categoria colheita de 2017), Súbito (branco, categoria livre) e Alto Tejo (tinto – Seleção 2015, categoria livre). Receberam ouro, na categoria livre tinto, os vinhos Alto Tejo (Reserva 2015), Raya e Alvelus (2016). Com prata, ainda nesta categoria, destacaram-se o tinto Súbito e ainda dois vinhos tinto Monte Barbo, um da Reserva 2013 e outro da Colheita de 2016. Quanto à colheita 2017, foram entregues cinco classificações de prata: Alvelus (branco), Monte Barbo (rosé), Alto Tejo (tinto), Herdade do Escrivão (tinto) e Alvelus (tinto).

No concurso Os Melhores Vinhos do Concelho de Proença-a-Nova foram entregues os prémios Excelência de Ouro a Luís António Cardoso, nos tintos, e a José Adelino Cristóvão, nos brancos. Receberam ainda classificação ouro Américo Tavares (tinto) e Nuno Rodrigues (branco) e de prata os vinhos tintos de Luís Dias de Matos, António Gil Dias e Filipe Lopes Fernandes; e os vinhos brancos de Joaquim F. Dias, Pedro Vaz Ribeiro e José Canhoto. No total, neste concurso participaram 37 vinhos tintos e 16 brancos, tendo chegado à final 16 tintos e 10 brancos.

Foram membros do júri os enólogos António Selas, Manuel Simeão Póvoa, Carlos Rodrigues, Fábio Fernandes e Nuno Dias, o enólogo e blogger Miguel Ferreira (blog A Lei do Vinho), o jornalista João Carrega e o representante do comércio de vinhos José António. No caso do concurso da CIMBB, participaram ainda dois elementos da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (Pedro Dias e André Dias); no concurso do concelho, foram jurados dois representantes da autarquia, António Filipe e Luís Sequeira. O enólogo Francisco Antunes presidiu ao júri e acompanhou a realização de todas as fases do concurso.

Dando continuidade ao trabalho desenvolvido neste sector, o CCV da Floresta promove no dia 5 de maio uma oficina de iniciação à prova de vinhos, com a presença do enólogo Fábio Fernandes, abordando temas como os requisitos para uma prova correta, os sentidos e a análise sensorial do vinho, a roda dos aromas e a sua utilidade, entre outros. As inscrições, limitadas a 25 participantes e com um custo de 10€, decorrem até 3 de maio.


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