Politécnico da Guarda ligado a laboratório Internacional

Para José Carlos Fonseca, a estação de captura do IPG “tem-se mostrado extremamente fiável e de fácil manutenção, o que tem surpreendido os investigadores envolvidos”.

A captura automática dos noticiários dos canais generalistas portugueses (estritamente para efeitos de investigação) está a ser feita pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG) no âmbito do projeto RedHen Lab.
Algo inovador na estação de captura do IPG é a utilização de um microcomputador integrado Raspberry Pi, que custa menos de 50€, em vez do tradicional computador de secretária, que pode custar dez vezes mais.
O RedHen Lab é um laboratório distribuído onde se pesquisam temas relacionados com comunicação e linguística, tais como a comunicação multimodal, a linguística, a linguística computacional, a ciência cognitiva, a neurociência, a educação, a estatística, os estudos dos efeitos dos media, a comunicação política, aprendizagem, data mining, etc. (http://redhenlab.org).
Um dos aspetos diferenciadores deste laboratório é o seu vasto repositório de vídeos de noticiários de vários países juntamente com os textos constantes nesses mesmos noticiários e que os investigadores credenciados desta área da comunicação multimodal, entre outras, podem analisar.
Para que a sua base de dados de notícias seja o mais abrangente possível, o RedHen Lab procura aumentar o leque de línguas, países e culturas presente no seu já vasto arquivo de dados linguísticos de mais de 280.000 noticiários desde 2005. Nesse arquivo já se encontram dados dos EUA, França, Alemanha, Espanha, Suécia, Dinamarca.
“O Instituto Politécnico da Guarda associou-se ao RedHen Lab e desde finais de 2015 que a estação de captura do RedHen Lab do IPG é uma realidade, permitindo a captura automática dos noticiários dos canais generalistas portugueses”, referiu José Carlos Fonseca, diretor do curso de Engenharia Informática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão/Instituto Politécnico da Guarda.
Este docente adiantou que o “nome escolhido para a estação do IPG foi Fenix, fazendo a alusão à capacidade de renascer dessa ave mitológica. De facto, o resultado da aprendizagem realizada através do IPG está já a permitir outros países contribuírem para este projeto de uma forma muito mais económica e simples através da replicação da configuração existente no IPG.”
Para José Carlos Fonseca, a estação de captura do IPG “tem-se mostrado extremamente fiável e de fácil manutenção, o que tem surpreendido os investigadores envolvidos”.


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