“Não há nenhum elemento hoje que nos leve a pensar que a nossa meta está em causa”, referiu.
Na sua nota rápida sobre as contas nacionais das administrações públicas, a que a Lusa teve acesso, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) refere que o défice global das administrações públicas registado no primeiro trimestre foi de 5,8 por cento do PIB.
Para a UTAO, este “desvio desfavorável” face ao objetivo anual é “um fator de risco” para cumprir a meta do défice de 2015, de 2,7%.
Reagindo a esta nota, o primeiro-ministro sublinhou que todos os indicadores apontam para o cumprimento da meda do défice.
“Para o Governo, é uma questão fundamental ficar com um défice claramente abaixo dos 3 por cento este ano, e todos os indicadores que temos apontam para que esse resultado seja obtido”, apontou.
Admitiu, no entanto, que há riscos de incumprimento, nomeadamente por se tratar de um ano de eleições, em que a responsabilidade pela execução orçamental não pode ser plenamente assacada a um Governo, que termina o seu mandato antes do final do ano.
“Há riscos, o Governo nunca disse que não havia riscos, mas os números que têm vindo a ser conhecidos da execução orçamental, mês após mês, vêm sempre apontando para a redução do défice”, rematou.