Municípios da região e Politécnico da Guarda candidatam Serra da Estrela a geoparque

Nove municípios da região e o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vão assinar na quinta-feira, em Seia, um “memorandum de entendimento” para elaboração da candidatura de classificação da Serra da Estrela a Geopark Global da UNESCO.

O documento será assinado pelas 15 horas, no decorrer da cerimónia da abertura solene do ano letivo do IPG, a realizar nas instalações da Escola Superior de Turismo e Hotelaria, em Seia.

O projeto envolve o IPG e os municípios de Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia (distritos de Guarda, Castelo Branco e Coimbra).

Segundo os promotores, a assinatura do “memorandum de entendimento” tem em vista a “prossecução da candidatura para a classificação da Serra da Estrela a Geopark Global da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura)”, significando “os primeiros alicerces daquilo que virá a ser um novo paradigma para o desenvolvimento” daquele território.

O futuro Geopark Estrela, com mais de dois mil quilómetros quadrados e aproximadamente 170 mil habitantes, “mais do que uma classificação a território da UNESCO, consagrará a Serra da Estrela como território de Educação, Ciência e Cultura”, é referido.

Num esclarecimento por escrito enviado hoje à agência Lusa, Emanuel de Castro e Gisela Firmino, da equipa que gere o processo, referem que a candidatura à Rede Global de Geoparks da UNESCO “é um processo complexo e moroso, o qual exige um forte envolvimento político, social e comunitário”.

Adiantam que o mesmo “encontra-se ainda numa fase inicial, na qual se definiu o território do futuro Geopark Estrela, a inventariação preliminar dos Geossítios e o envolvimento das próprias comunidades”.

“A partir desta fase, iniciaremos a elaboração do Dossier de Candidatura”, explicam, vaticinando que “a apresentação da candidatura formal não deverá acontecer antes do início de 2017”.

A assinatura do documento entre o IPG e os municípios envolvidos constitui “uma premissa essencial” para a prossecução da candidatura”, pois possibilitará a integração, enquanto membro observador, no Fórum Português de Geoparks.

“Por outro lado, o IPG ficará mandatado para a constituição da futura estrutura de gestão do Geopark Estrela e o desenvolvimento da candidatura em conjunto com os restantes parceiros”, é explicado.

Os responsáveis referem que “a condução de uma candidatura à UNESCO para a classificação da Serra da Estrela a Geopark é por si só suficientemente complexa, exigente e constituirá um novo paradigma para o desenvolvimento” da região.

“A abordagem e gestão holística do território é a condição determinante para que, definitivamente, se encontrem caminhos válidos de desenvolvimento deste território”, assumem.

Reconhecem ainda que “o Estrela Geopark Global da UNESCO, mais do que uma classificação, constituirá uma estratégia de revalorização e reconhecimento deste espaço, ancorado na sua diversidade patrimonial, com claro enfoque no seu património geológico”.


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