Ministro da Agricultura defende criação de “mercados de proximidade”

Trancoso O Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, António Serrano, defendeu, na quinta-feira, dia 3 de Fevereiro, em Trancoso, uma “cooperação próxima com os Municípios” na criação e dinamização de “mercados de proximidade” que comercializem os produtos dos pequenos produtores. “No momento em que vivemos uma crise, a melhor coisa que podemos […]

Trancoso

O Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, António Serrano, defendeu, na quinta-feira, dia 3 de Fevereiro, em Trancoso, uma “cooperação próxima com os Municípios” na criação e dinamização de “mercados de proximidade” que comercializem os produtos dos pequenos produtores.

“No momento em que vivemos uma crise, a melhor coisa que podemos fazer é colocar todos os nossos meios, apoiando o pequeno agricultor no escoamento”, defendeu o Ministro.

O titular da pasta da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, falava na cerimónia de assinatura de contratos de financiamento, no âmbito do PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural que decorreu nas instalações da Associação de Desenvolvimento Raia Histórica.

Aludindo aos territórios de baixa densidade e de pequena agricultura, como é o caso da região da Guarda, António Serrano referiu que, hoje em dia, “quem produz quer saber a quem vende”. Para estimular a pequena agricultura, defendeu a realização de “mercados de proximidade”, como já acontece em vários Municípios, destinados ao escoamento dos produtos locais. “Se garantirmos canais de escoamento, o produtor produz”, observou o Ministro da Agricultura, acrescentando que o problema do escoamento local “é um problema que a sociedade pode resolver”.

Disse que a sociedade desempenhará um papel importante “preferindo os produtos da pequena agricultura em detrimento de produtos que não se sabe de onde vêm”. “Não é proteccionismo, é apoiar o desenvolvimento do nosso território”, observou.

O governante também alertou que as Associações de Desenvolvimento Local podem ter um papel importante nesta acção “colocando o produtor em ligação directa com o consumidor”. Deu o exemplo de uma Associação de Alcácer do Sal que “prepara cabazes de produtos da época” e entrega na casa dos consumidores.

À saída do edifício onde decorreu a sessão, António Serrano foi surpreendido com dirigentes da Associação Distrital de Agricultores da Guarda (ADAG) que chamaram a sua atenção para a defesa dos produtos “de qualidade” produzidos na região, mas sem saída comercial.
“Há 16 anos, produziam-se aqui milhares de toneladas de batatas, de centeio e de milho. Hoje, não se produz nada, vem tudo de Espanha”, disse António Machado, presidente da ADAG. António Serrano aconselhou os agricultores a “juntarem-se” e a “organizarem-se” mas António Machado respondeu que “não se consegue” face à forte concorrência externa.


Nesta deslocação a Trancoso, o Ministro da Agricultura, que esteve acompanhado pelo Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Rui Barreiro, presidiu à sessão simbólica de entrega de 12 contratos de financiamento do subprograma 3 do PRODER, destinados à dinamização de zonas rurais da região centro.


O investimento relacionado com os contratos celebrados é superior a 1 milhão de euros e permitirá criar 23 novos postos de trabalho, contribuindo para a manutenção das populações e para a diminuição do êxodo rural.
Para levar a cabo as acções do subprograma 3, foram reconhecidos 47 Grupos de Acção Local, o que faz com que todo o território rural continental esteja totalmente coberto pela abordagem LIDER, segundo o Ministério da Agricultura.


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