Ministério da Agricultura esclarece que Portugal não exporta pequenos ruminantes para a China

O Ministério da Agricultura esclareceu hoje que “Portugal não exporta pequenos ruminantes para a China” e confirmou a deteção de dois casos de tremor epizoótico dos pequenos ruminantes (Scrapie) nos distritos da Guarda e Castelo Branco.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério da Agricultura, através da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), esclarece que Portugal “não exporta pequenos ruminantes para a China”.

O esclarecimento surge após as alfândegas chinesas terem banido as importações de ovelhas e produtos relacionados de Portugal, alegando um aviso da Organização Mundial de Saúde Animal sobre um surto de paraplexia enzoótica dos ovinos na Guarda.

A notícia foi avançada hoje pela versão em língua chinesa do Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, e cita a Administração das Alfândegas da China.

A mesma fonte justificou a decisão com um aviso da Organização Mundial de Saúde Animal sobre um surto de paraplexia enzoótica, doença neurodegenerativa fatal que acomete o sistema nervoso de ruminantes, sendo mais comum em ovinos, detetado entre 70 ovelhas no distrito da Guarda, norte de Portugal.

Portugal não está autorizado a exportar carne de ovelha ou produtos relacionados para a China, confirmou à agência Lusa fonte diplomática, acrescentando que as autoridades portuguesas estão ainda em processo de negociação.

O Ministério da Agricultura refere, ainda, no comunicado, que foram detetados dois casos em Portugal relativos ao tremor epizoótico dos pequenos ruminantes (Scrapie).

Segundo a fonte, um caso foi detetado na Cova da Beira (distrito de Castelo Branco), “que foi comunicado em dezembro de 2019 à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e outro na Mêda [distrito da Guarda], que também foi comunicado, este mês, à mesma organização, tal como é obrigatório nos termos da legislação”.

“Todo o efetivo coabitante, nos dois casos, foi eliminado (cerca de 70 animais em cada caso)”, acrescenta a nota.

O comunicado lembra que “casos de Scrapie clássico detetados em Portugal são muito esporádicos e que esta é uma doença sob vigilância pelas autoridades portuguesas há vários anos, não existindo qualquer evidência da sua transmissão ao homem”.


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