Memorando para centro da UBI deve ser assinado este mês

O memorando de entendimento que visa a criação do Centro de Competências de Cloud Computing (Computação da Nuvem) e Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI) deverá ser assinado “ainda este mês”, foi anunciado na sexta-feira.

“Devo dizer que eu e o senhor reitor [da UBI] temos estado a trabalhar nesse memorando e que estamos em condições para muito em breve o assinarmos, com o acordo e com o conforto de ambas as partes”, afirmou a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), adiantando que espera que tal seja “ainda este mês”.

A assinatura deste documento deveria ter ocorrido em 7 de agosto, no mesmo dia em que foram assinados os memorandos de entendimento para os centros de competência a instalar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e na Universidade de Évora, mas a UBI rejeitou ratificar esse acordo por considerar que o mesmo era “discriminatório”.

À mesma hora em que os outros acordos foram assinados, numa cerimónia em Coimbra (que esteve inicialmente marcada para a Covilhã), o reitor da UBI, António Fidalgo, explicou que o protocolo a estabelecer entre aquela universidade e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) não incluía a cláusula relativa ao financiamento, que nos outros dois casos apresentava um valor anual de 1,5 milhões de euros.

Ana Abrunhosa, que falava em Castelo Branco, tal estava relacionado com o facto de o projeto ainda carecer de maturidade e de ter de ser “repensado na componente empresarial”.

“Era necessário, por exemplo, que a CCDRC e a UBI estivessem de acordo com o tema – o que já acontece – e era necessário perceber, em termos de componente empresarial, que empresas estavam de facto disponíveis para iniciar e participar neste trabalho (…). Era também necessário percebermos qual era o envolvimento da comunidade intermunicipal”, especificou.

Questionada sobre se o tema (computação na nuvem e saúde) se manterá, Ana Abrunhosa disse que já se “chegou a acordo” e reiterou que a CCDRC tem de se sentir “confortável” com o mesmo, designadamente na área da saúde.

“Nós fazemos outros investimentos na região, por exemplo na área da saúde, e o que queremos é que esse centro de competências seja diferenciador”, fez notar, sem querer dizer se efetivamente a componente da saúde será mantida da mesma forma.

Ana Abrunhosa disse ainda que o memorando incluirá uma verba, mas recusou revelar se esta será igual à que está presente nos acordos das outras duas universidades.

Em declarações à agência Lusa, António Fidalgo, reitor da UBI, também confirmou o trabalho e diálogo que tem estado a ser levado a cabo e especificou que o projeto terá uns “pequenos acertos”, que todavia não interferem “minimamente com o essencial”.

Estes centros de competência surgem no seguimento de um desafio que o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, lançou às três universidades dos territórios de baixa densidade, sendo que a Universidade de Évora avançará com um centro dedicado à área do agroalimentar e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro com um centro de excelência sobre a vinha e o vinho.


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