O candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara da Guarda, Marco Loureiro, defendeu hoje a “abolição imediata” das portagens nas autoestradas A23 e A25, por considerar que constituem uma “barreira” para a fixação de empresas.
“Defendemos a abolição imediata das portagens das ex-Scut (vias sem custos para o utilizador) A23 (Guarda/Torres Novas) e A25 (Aveiro/Vilar Formoso), de forma a incentivar a vinda de potenciais investimentos para o concelho da Guarda”, disse hoje Marco Loureiro à agência Lusa durante uma ação de campanha. O candidato referiu que a cidade possui “todas as condições estratégicas ao nível da sua geografia” para a instalação de empresas, mas devido à introdução de tarifas essa pretensão “veio por água abaixo”. “Basta perguntar às pessoas e todas dizem que isto [as portagens] só veio prejudicar” a captação de novos investimentos empresariais para a cidade, referiu. A medida, que foi aplicada pelo atual governo, “é claramente uma barreira, porque empresas que pensavam em vir para a Guarda, questionam-se agora sobre o valor das portagens” e como é que vão pagar esse valor “no final do ano”. Marco Loureiro disse ter conhecimento de empresas transportadoras que têm mais de dez camiões e cuja fatura com pagamento de portagens é muito cara. O cabeça-de-lista do BE considerou que o pagamento de tarifas nas duas autoestradas que servem a região da Guarda também condiciona a instalação de novas empresas na Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) daquela cidade. Para o desenvolvimento da região, reconheceu que deve existir “uma ligação do poder local com o nacional”. “Infelizmente, essa ligação não tem existido” com a autarquia liderada pelo PS, criticou o candidato. Além de Marco Loureiro também concorrem à Câmara da Guarda Eduardo Espírito Santo (PCTP-MRPP), Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP), José Martins Igreja (PS) e Mário Triunfante Martins (CDU). As eleições autárquicas decorrem este domingo, dia 29 de setembro.