Mais de 80% dos portugueses quer rasgar ou alterar memorando

Sondagem conclui que Governo de Passos Coelho tem cedido demasiado às pressões externas. A maioria dos portugueses está insatisfeita com a intervenção da ‘troika’ em Portugal. 82,5% considera mesmo que o acordo assinado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE) deve ser renegociado ou até mesmo denunciado. A […]

Sondagem conclui que Governo de Passos Coelho tem cedido demasiado às pressões externas.
A maioria dos portugueses está insatisfeita com a intervenção da ‘troika’ em Portugal. 82,5% considera mesmo que o acordo assinado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE) deve ser renegociado ou até mesmo denunciado. A solução para 41,5% dos inquiridos é denunciar o memorando e procurar alternativas, enquanto 41% acha que se deve “renegociar profundamente” o documento. Apenas 11% defende que se cumpra o acordo. A conclusão consta de um inquérito da Eurosondagem, que será apresentado hoje na conferência “Troika – Ano II”, na Universidade de Lisboa e que o Diário de Notícias e o jornal i tiveram acesso. Dos inquiridos, quase metade considera que o memorando não devia sequer ter sido assinado, contra apenas 12% que dizem que o documento foi bem elaborado. 27% afirma que a negociação não levou em consideração as características próprias do país. Relativamente ao relacionamento entre o Executivo e a ‘troika’, 45,4% considera que o governo de Passos Coelho tem cedido excessivamente aos credores internacionais, enquanto 32,9% entende que a ‘troika’ tem mostrado insensibilidade para com a situação da economia nacional. E somente 9,4% dos inquiridos considera que este relacionamento tem decorrido normalmente. No que se refere às perspectivas, o pessimismo é cinco vezes maior que o optimismo. Ou seja, apenas 11,8% dos que responderam à sondagem acredita que todo o esforço de contenção e de reformas resulte em melhores perspectivas para Portugal findo o período de intervenção externa. Outros 14,4% referem que quando a ‘troika’ sair do país nada de substancial se alterou, enquanto 55,1% acredita que vamos ficar em piores condições, com uma economia em colapso e mais desemprego.

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