Lucro dos CTT dispara 70% em ano de privatização

Os lucros dos CTT dispararam 70% para os 61 milhões de euros em 2013. Privatização no final do ano passado custou 4,4 milhões. Dividendo será de 40 cêntimos por ação.

Os CTT obtiveram um lucro de 61 milhões de euros em 2013, um resultado que representa uma subida de 70,7% face ao observado no ano anterior, revelou hoje a empresa de serviço postal que no final de dezembro foi para a bolsa.

“O ano de 2013 foi um ano particularmente bem-sucedido para os CTT, conseguindo concretizar em paralelo a implementação de um novo Programa de Transformação, com resultados visíveis que representaram um grau de realização de 90% relativamente aos objetivos inicialmente previstos, e o exigente Processo de Privatização, que culminou no êxito da oferta pública de venda nacional e internacional”, consideram os Correios no comunicado enviado ao mercado.

O EBITDA cresceu 11% para os 122,9 milhões de euros, com o negócio do Correio e Soluções Empresariais a contribuir com 71% para esta rubrica, enquanto os Serviços Financeiros e o Expresso e Encomendas a dar um impulso de 22% e 7%.

No início de dezembro do ano passado, os CTT foram para a bolsa ao preço de 5,52 euros por ação, numa operação de privatização que avaliou a empresa em cerca de 830 milhões de euros. Os custos dessa operação foram de 4,4 milhões de euros para os cofres da empresa. O Estado manteve uma posição de 30%, enquanto que outra parte da empresa foi para investidores institucionais (Goldman Sachs é o segundo maior acionista, com 5%) e para investidores privados. No entanto, o forte apetite dos investidores sobre os CTT impulsionaram as ações que hoje valem 7,21 euros, deixando a empresa com uma capitalização bolsista acima dos mil milhões de euros.

Nas outras rubricas, destaque para a queda ligeira dos rendimentos operacionais para os 704,8 milhões de euros, enquanto os gastos operacionais reduziram-se em 3,5% para os 581,9 milhões de euros, “apesar da reintrodução do subsídio de Natal em 2013”.

Como resultado do Programa de Transformação, a empresa liderada por Francisco Lacerda reduziu o total de trabalhadores em 6% para os 12.383 funcionários (por reformas sem substituição e não renovação de contratos a termo certo).

Relativamente à remuneração acionista, o conselho de administração dos CTT vai propor a distribuição de dividendos no montante de 60 milhões de euros, ou 0,4 euros por ação, a serem pagos em 2014.


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