O candidato do PS à Câmara da Guarda, José Martins Igreja, promete a nomeação de um provedor do munícipe, uma figura independente e que receberá as queixas que chegarem à autarquia.
O provedor do munícipe será alguém “independente da câmara, do poder político, que possa registar queixas, ideias, algo que não está a correr bem em relação aos pedidos, por exemplo, de licenciamentos, lixo mal arrumado e horários mal cumpridos”, disse ontem o candidato socialista à agência Lusa na freguesia de Vela, onde participou numa sessão de esclarecimento. “Quando estamos no poder, às vezes não vemos o povo todo, temos uma noção muito interna das situações e não compreendemos bem aquilo que se passa dentro da nossa casa. É mais fácil a alguém independente que veja o concelho para ter uma noção global daquilo que se passa”, justificou. Essa pessoa será “um alerta contínuo à Câmara da Guarda sobre algo que não está a correr bem”, acrescentou. José Martins Igreja referiu que a figura do provedor que quer criar na autarquia da Guarda, caso seja eleito presidente, registará “situações que são muitas vezes pequenas, mas que para o povo eleitor são muito importantes”. Quanto ao perfil da pessoa que irá desempenhar o cargo, que não será remunerado, disse, será “alguém com uma capacidade intelectual forte, alguém que seja ímpar na sua capacidade de ser independente e, por isso, que seja uma voz crítica em relação à atuação da câmara municipal”. “Não sei se haverá muitas câmaras que tenham [provedor do munícipe], mas eu penso que será um cargo que é um encargo”, admitiu. O título “será importante para quem for designado e aceitar, apenas por uma questão de honra, não por uma questão de dinheiro, porque será um cargo que não será remunerado”, disse o cabeça-de-lista do PS. Além de José Martins Igreja, concorrem à Câmara da Guarda Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP), Mário Triunfante Martins (CDU), Marco Loureiro (BE) e Eduardo Espírito Santo (PCTP/MRPP). As eleições autárquicas decorrem no próximo domingo, dia 29 de setembro.