Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a IP explica que a obra tem um prazo de execução de 751 dias e que será executada no âmbito do programa de investimentos na expansão e modernização da Rede Ferroviária Nacional, Ferrovia2020.
O auto de consignação da obra foi hoje assinado e a empreitada foi adjudicada ao consórcio CONDURIL – Engenharia, S.A. / Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, S.A / Somafel – Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A, pelo valor de 53.112.000,00 euros, acrescenta.
A intervenção “consiste na renovação integral da superestrutura de via, num troço com cerca de 46 quilómetros, prevendo ainda o alteamento, alargamento e prolongamento das plataformas nas Estações de Celorico da Beira, Pinhel, Vila Franca das Naves e Guarda, por forma a promover a melhoria das condições de mobilidade dos utilizadores no acesso ao transporte ferroviário”.
“Será igualmente realizada a alteração do ‘layout’ (configuração das linhas) nestas estações, de forma a permitir a circulação de comboios de 750 metros de comprimento, otimizando as condições de exploração através, não só, do aumento da capacidade para os comboios de mercadorias, dos atuais com 500 metros de comprimento para 750 metros, mas também um aumento do número de circulações”, é referido.
Segundo a IP, no âmbito da empreitada, serão também realizados trabalhos de supressão das passagens de nível de Celorico Gare e de Baraçal, estando prevista a construção dos respetivos desnivelamentos e restabelecimentos, que garantem melhores condições de segurança para os utilizadores.
Esta empreitada integra o Corredor Internacional Norte, que tem como objetivos promover a interoperabilidade ferroviária com a rede Espanhola e Europeia, aumentar a capacidade para os comboios de mercadorias, permitindo a circulação de comboios de mercadorias de comprimento até 750 metros (na Linha da Beira Baixa 600 metros), construir as concordâncias na Guarda e Pampilhosa e eliminar restrições de velocidade e recuperação dos tempos de trajeto dos serviços de passageiros de longo curso.
Pretende-se ainda permitir comboios elétricos na totalidade da Linha da Beira Baixa (com a eletrificação do troço Covilhã – Guarda, que já foi realizada), melhorar condições de segurança com a eliminação de passagens de nível e a instalação de sinalização eletrónica e aumentar a capacidade diária da Linha da Beira Alta dos atuais 14 comboios de 500 metros para 20 de 750 metros; o que corresponde a um acréscimo de capacidade de mais do dobro da atual.