Homem de 49 anos desaparecido em aldeia de Gouveia

Segundo a GNR, o homem, solteiro, que sofre de perturbações do foro psiquiátrico, foi visto na noite de dia 15 pela última vez por uma patrulha.

Um homem de 49 anos está desaparecido desde o dia 15 na localidade de Folgosinho, no concelho de Gouveia, distrito da Guarda, após um incêndio rural ter atingido a região, disse hoje à agência Lusa fonte da GNR.

Segundo fonte do Comando Territorial da GNR da Guarda, o homem, solteiro, que sofre de perturbações do foro psiquiátrico, foi visto na noite de dia 15 pela última vez por uma patrulha, quando decorria o processo de retirada de algumas pessoas da aldeia de Folgosinho, devido ao avanço do fogo.

“A GNR avistou-o e pediu-lhe para acompanhar os outros habitantes, porque havia o perigo de o lugar ser atingido pelas chamas e ele desobedeceu, colocou-se em fuga e desapareceu. A patrulha saiu do local com os moradores e o homem nunca mais apareceu”, contou.
No dia 16, a GNR deslocou-se à casa do desaparecido e verificou “que estava intacta e que se encontrava lá [no seu interior] o seu telemóvel”.

“Logo nesse dia começaram as buscas pelos militares da GNR, auxiliados por cães pisteiros, e até quinta-feira [dia 19] foi batida a área e não foi detetado qualquer sinal do homem. Apurou-se na altura que ele andava a falar há já algum tempo que queria ir para Lisboa”, disse a fonte.

Como a GNR não encontrou qualquer vestígio do desaparecido terminou as buscas e remeteu um auto de notícia para o Tribunal de Gouveia, a dar conta da situação.

“Poderá ter ido para Lisboa ou para outro local qualquer, ou poderá não ter ido e ter sido apanhado pelo incêndio, mas não há provas que indiciem que ele possa ter sido apanhado pelo fogo”, observou a fonte do Comando Territorial da GNR da Guarda.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.


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