As autárquicas têm sido muito disputadas no concelho, que há quatro anos voltou a escolher o PSD.
Fernando Girão quer fazer história em Vila Nova de Foz Côa, onde o PS só venceu uma vez (2005). Quatro anos depois, Emílio Mesquita “caiu” para vereador e o PSD recuperou, pela mão do ex-vice-presidente Gustavo Duarte, a liderança de um dos seus “bastiões” no distrito da Guarda. Ambos os candidatos querem mostrar que a vitória do respetivo partido não aconteceu por acaso, mas a CDU também tem uma palavra a dizer. Gustavo Duarte procura o que o seu antecessor não conseguiu: a reeleição. O atual presidente, que em 2009 venceu à “tangente”, acredita num resultado mais folgado: «Temos consciência do que fizemos, pelo que perspetivamos uma vitória mais ampla», vinca. O empresário recandidata-se «por uma imposição de consciência e para dar continuidade ao que iniciámos», destaca. O candidato defende a construção de ETAR’s em todas as freguesias, a requalificação do mercado municipal, a ampliação da zona industrial e a dinamização do Centro de Alto Rendimento do Pocinho. «Concluímos 95 por cento do programa eleitoral anterior e concretizámos projetos que não estavam planeados, como a universidade sénior», adianta. De olhos postos na eleição está também Fernando Girão, que se candidata pela primeira vez. O líder da concelhia do PS local garante que «é necessária uma mudança», pelo que «acredito seriamente na vitória». Os projetos principais assentam na reposição das freguesias extintas, na construção do Centro de Saúde e conclusão da Unidade de Cuidados Continuados, nos incentivos à natalidade e na fixação de população e atração de novos investimentos, entre outros. O objetivo é «garantir um município com qualidade de vida e pujança empresarial», capaz de «fixar os jovens no concelho e prestar serviço público a todos os habitantes», assevera o ex-presidente do conselho de administração da ULS da Guarda. Marta Mendes também se estreia entre os candidatos, com o propósito de «eleger deputados para a Assembleia Municipal de modo a poder intervir na gestão do concelho», afirma. A arqueóloga reitera que é preciso responsabilizar «os culpados pela destruição das freguesias de Mós, Murça e Santo Amaro», salvaguardando «a sua devolução ao povo e a revogação desta lei de liquidação». O programa da CDU aposta na defesa da água pública, num gabinete de apoio aos agricultores, na revitalização da zona histórica e no turismo, que «não pode ser só feito de grandes barcos nem apenas do Douro das grandes quintas vinhateiras», critica.