Guarda tem sete propostas para localização de Centro de Exposições Transfronteiriço

A proposta mais barata sugere a instalação do CET no Parque Urbano do Rio Diz e representa um investimento de 10,2 milhões de euros.

A Câmara Municipal da Guarda recebeu um total de sete propostas para a localização de um Centro de Exposições Transfronteiriço (CET) na cidade, no âmbito de um estudo solicitado a uma empresa.

Segundo o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, a proposta mais barata, que sugere a instalação do CET no Parque Urbano do Rio Diz representa um investimento de 10,2 milhões de euros, e a mais cara, que aponta para o Estádio Municipal, envolve custos globais de 21,5 milhões de euros.

O arquiteto Manuel Ventura, que elaborou o estudo, sugere ainda a instalação daquele equipamento, que terá uma área coberta de 10 mil metros quadrados, no espaço da feira quinzenal (custos globais de 13,8 milhões de euros), na antiga fábrica Tavares (12,7 milhões de euros), junto da rotunda Portas da Cidade (13,1 milhões de euros), na antiga fábrica Delphi (13,1 milhões de euros) e na Quinta da Maúnça (14,9 milhões de euros).

O responsável indicou que as três propostas mais vantajosas para construção de uma nave de exposições/multiusos são, por ordem, a zona de estacionamento do Parque Urbano do Rio Diz, a antiga fábrica Tavares e a antiga fábrica Delphi, com localização na zona da Guarda-Gare.

Durante a sessão de apresentação das propostas, realizada no jardim do Solar dos Vinhos, onde a autarquia também assinou um protocolo com a Associação Empresarial NERGA e lançou um prémio de empreendedorismo, o autarca Álvaro Amaro disse que a proposta mais barata custa “o triplo daquilo que está sinalizado” pelo Município nos fundos comunitários através do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano.

“O Município da Guarda não tem condições financeiras para pôr sete milhões de euros dos seus cofres para fazer isto, é uma questão de realismo”, admitiu, explicando que o projeto irá ser apresentado a fundos europeus.

O arquiteto Manuel Ventura adiantou que o equipamento proposto para a cidade mais alta do país, que terá valências diversificadas (expositiva, desportiva, artística, institucional e comercial) pode ser construído num único bloco ou em dois, sendo esta última solução equacionada pela possibilidade de ser edificado em duas fases.

“Precisamos desta infraestrutura. Justificamo-la por mil razões, em conjunto ou em separado”, deixou claro o presidente do município.

Álvaro Amaro referiu que o executivo que lidera vai agora analisar as propostas apresentadas pela equipa técnica nos estudos da localização e deseja que a sociedade também “seja chamada à discussão” sobre o melhor projeto.

O autarca vaticina que “durante o mês de setembro” haja uma decisão sobre a localização do CET, que considera um projeto estruturante para a Guarda.

Para a empresa que elaborou o projeto, aquele equipamento será um palco “estratégico e privilegiado” para “valorizar o património cultural, desportivo, económico e social” do Município da Guarda.


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