Guarda recebe um Centro de Educação Rodoviária de caráter nacional

Eduardo Cabrita respondeu que, “nas próximas semanas”, será “definida uma solução global” para as questões das forças de segurança, da área do MAI, na cidade da Guarda.

O ministro da Administração Interna anunciou ontem que a Guarda vai acolher um Centro de Educação Rodoviária de caráter nacional e que vai ser equacionada uma “resposta integrada” para os comandos da PSP e da GNR.

“Exatamente por ser confluência de tantas vias de circulação, a Guarda é o local adequado para colocarmos aqui um Centro de Educação Rodoviária de caráter nacional”, disse Eduardo Cabrita na sessão solene comemorativa do 819.º aniversário da atribuição de foral à cidade da Guarda pelo rei Dom Sancho I.

“E, por isso, faremos também, neste quadro global, não só uma resolução daquilo que é uma resposta integrada para a instalação das forças de segurança da área do Ministério da Administração Interna (MAI), na Guarda, mas também colocar aqui mais uma função nacional, justamente na cidade da Guarda, bem perto do acesso a Lisboa, do acesso ao Porto, a Vilar Formoso e à Europa”, rematou.

O Governo anunciou em 12 de março que estava disponível para o estudo de soluções que visem “aprofundar a educação rodoviária nos mais diversos níveis”, incluindo um Centro Nacional de Educação Rodoviária, como foi sugerido pelo deputado socialista Santinho Pacheco.

Na resposta a uma pergunta do deputado, o chefe do gabinete do ministro da Administração Interna informava que “o Governo está disponível para estudar soluções que visem aprofundar a educação rodoviária nos mais diversos níveis, entre as quais poderia ser considerada a criação de um Centro Nacional de Educação Rodoviária em articulação com o Ministério do Planeamento e Infraestruturas”.

No dia 31 de janeiro, o deputado socialista questionou o Governo sobre a possibilidade de o Instituto Politécnico acolher um Centro Nacional de Educação Rodoviária, idêntico ao que existe na cidade espanhola de Salamanca.

Ontem, o ministro Eduardo Cabrita falou do assunto, respondendo ao presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro (PSD), que, no seu discurso, pediu a intervenção do governante para a mudança de instalações do atual Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) para as antigas instalações da Infraestruturas de Portugal.

O autarca também solicitou colaboração para a instalação dos comandos da GNR e da PSP, tendo disponibilizado os terrenos do antigo matadouro para acolher esta última força de segurança.

Eduardo Cabrita respondeu que, “nas próximas semanas”, será “definida uma solução global” para as questões das forças de segurança, da área do MAI, na cidade da Guarda.

“Estamos a concluir a discussão da reprogramação de fundos, em que vamos reforçar em cerca de 50 milhões de euros os fundos na área da proteção civil e isso permitirá dar uma solução para o CDOS”, adiantou.

O ministro disse ainda: “Temos de discutir as condições de localização dos comandos da GNR e da PSP. Sabendo quais são as exigências operacionais de acessibilidade, de espaço e de intervenção que às duas forças cabem dentro de uma gestão de espaços em que poderemos aqui usar os vários equipamentos públicos existentes na Guarda”.

Segundo o autarca, saindo a PSP do edifício do antigo Governo Civil, o imóvel, que era para ser a sede da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, “honrosamente” terá uma nova utilização.

Em relação à GNR, a autarquia pretende que seja autorizada a abertura de uma via para ligação à zona do Bonfim e melhorar os acessos ao Teatro Municipal.

Já com a saída do CDOS do atual espaço, uma antiga residência de estudantes, Álvaro Amaro diz que o serviço seria “melhor instalado” e o Instituto Politécnico da Guarda aumentaria a oferta de alojamento, pois “precisa de mais residências para captar mais estudantes”.
O ministro presidiu, ainda, à cerimónia de inauguração do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Famalicão da Serra.

Segundo o presidente da direção, António Fontes, a corporação “passa a dispor de instalações mais dignas”, o que permite “melhorar a capacidade de resposta na proteção de pessoas e bens”.

A primeira pedra do novo quartel, uma obra orçada em cerca de 620 mil euros, financiados a 85 por cento por fundos comunitários, foi lançada no dia 18 de abril de 2017 pelo primeiro-ministro, António Costa.


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