Guarda considera Geopark Estrela “grande alavanca” para desenvolvimento do território

O presidente da Câmara Municipal da Guarda recebeu com “muita satisfação” a aprovação da Serra da Estrela como Geopark Mundial pela UNESCO, considerando tratar-se de uma “grande alavanca” para o desenvolvimento do território.

Carlos Chaves Monteiro disse à agência Lusa que o reconhecimento da riqueza geológica da Serra da Estrela constitui “uma grande alavanca para o desenvolvimento abrangente de um território que tem, de facto, alguns problemas, mas também tem potencialidades como esta candidatura e a aprovação através da UNESCO o demonstraram”.

A candidatura da Serra da Estrela a Geopark Mundial foi aprovada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na 4.ª Sessão do Conselho de Geoparks Mundiais, realizada na Indonésia.

“A região da Serra da Estrela viu na segunda-feira aprovada pelo Conselho de Geoparks Mundiais da UNESCO a sua candidatura a Geopark Mundial e fica agora apenas a aguardar o parecer do Conselho Executivo da agência das Nações Unidas”, refere a Associação Geopark Estrela em comunicado enviado à agência Lusa.

O presidente da autarquia da Guarda recebeu o anúncio com “muita satisfação” e afirmou à Lusa que “é o corolário de um trabalho que foi desenvolvido pelos diversos municípios envolvidos, sabendo de antemão que a Serra da Estrela é, de facto, uma marca importante para o território”.

“Esta candidatura vem reforçar não só uma marca em termos nacionais, mas também em termos internacionais. A UNESCO reconhece desta forma a nossa riqueza geológica. Desde logo, a Guarda tem na Quinta da Taberna um dos seus principais ícones da geologia natural, presente e testemunhada no território do concelho da Guarda e da Serra da Estrela”, justificou.

Para o autarca, a Serra da Estrela “é o eixo fundamental que pode promover o desenvolvimento do território” e alavancar outros projetos que os municípios da região estão a dinamizar, dando o exemplo dos Passadiços do Mondego, no seu concelho.

Carlos Chaves Monteiro lembra que o concelho da Guarda é o que tem maior território na Serra da Estrela, o que sempre motivou o município a estar na “primeira linha” no financiamento e “na resolução dos primeiros problemas, mais de caráter administrativo e estatutário” da Associação Geopark Estrela.

“[O município] esteve na primeira linha e assumiu até esta data integralmente aquilo que foram os seus compromissos, o que ajudou muito a suportar os custos de pessoal, mas também de toda a candidatura”, disse.

A Associação Geopark Estrela, que tem sede no Instituto Politécnico da Guarda (IPG), é composta por nove municípios dos distritos da Guarda, Castelo Branco e Coimbra (Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia) e também pelo IPG e pela Universidade da Beira Interior (UBI).

A presidência da associação é assegurada pelo presidente do IPG, Joaquim Brigas, e a vice-presidência por José Páscoa Marques, vice-reitor da UBI.

Após a aprovação do Conselho de Geoparks Mundiais, a Serra da Estrela fica a aguardar o parecer do Conselho Executivo da UNESCO para ingressar de forma definitiva na lista de Geoparks Mundiais deste organismo das Nações Unidas, adianta a Associação Geopark Estrela.

UNESCO aprova candidatura da Serra da Estrela a “Geopark Mundial”

 


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